Alvo de polêmica com a Fifa, Arábia Saudita garante patrocínio principal do Mundial de Clubes

Governo saudita garantiu cota de 'parceiro apresentador' por meio da Visit Saudi, órgão de turismo nacional

imagem cameraAo fundo, placa de LED mostra publicidade da Visit Saudi (Foto: Fadel Senna / AFP)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 05/02/2023
15:22
Atualizado em 05/02/2023
16:35
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A Arábia Saudita movimenta os bastidores do futebol mundial. Em negociações com a Fifa para um possível (e polêmico) apoio à Copa do Mundo Feminina, o governo saudita garantiu a cota principal de patrocínio ao Mundial de Clubes por meio da Visit Saudi, órgão de turismo nacional.

A empresa ligada ao governo saudita substitui a Alibaba Cloud, que tinha o posto de "parceiro apresentador" do Mundial desde 2017. Com o novo acordo, a edição deste ano está sendo chamada comercialmente de "Mundial de Clubes da Fifa 2022, apresentado por Visit Saudi".

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Vale destacar que o Mundial de Clubes conta com a participação de um clube da Arábia Saudita: o Al Hilal, que enfrentará o Flamengo na semifinal. Os outros dois semifinalistas são Real Madrid e Al Ahly.

Os outros patrocinadores do Mundial de Clubes 2022 são divididos em duas categorias: parceiros da Fifa (Adidas e Wanda) e apoiadores regionais (Orange, Betano, OCP, ONCF).

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Placa de publicidade da Visit Saudi no Mundial (Foto: Fadel Senna / AFP)

Polêmica em torno da Copa do Mundo Feminina

A notícia que a Arábia Saudita tem negociações avançadas com a Fifa para patrocinar a Copa do Mundo Feminina de 2023 foi seguida de uma série de críticas. O motivo é o histórico de repressão aos direitos das mulheres no país do Oriente Médio.

Co-anfitriãs do torneio, Austrália e Nova Zelândia se revoltaram com a entidade máxima do futebol. As federações dos dois países soltaram notas públicas contra a postura e pediram esclarecimento sobre a situação.

- Seria bastante irônico o organismo de turismo da Arábia Saudita patrocinar a celebração maior do futebol feminino no mundo quando consideram que uma mulher na Arábia Saudita nem mesmo pode ter um trabalho sem a permissão do seu tutor masculino - afirmou Nikita White, em nome da Anistia Internacional australiana.

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