O torcedor brasileiro precisa desembolsar, em média, 22% do salário mínimo para comprar a camisa oficial do seu clube. É o terceiro maior valor no ranking que compara os preços mínimos dos uniformes com o salário mínimo nacional entre os países das Américas. Apenas Argentina (28,5%) e México (25,7%) ficam na frente do Brasil neste quesito.
O levantamento é da Pluri Consultoria, com exclusividade ao L!Biz, e analisa os preços das camisas oficiais de 110 clubes das Américas. Não estão incluídos nos preços descontos e promoções, nem custos com frete. Os preços das camisas foram obtidos preferencialmente em sites oficiais voltados aos consumidores do próprio país.
Entenda os critérios da pesquisa
O estudo analisou apenas uma camisa de cada clube, com base nos seguintes critérios: (1) a camisa deve ser oficial e atual; (2) a camisa analisada é a do uniforme principal, de mandante; (3) versão adulta e masculina e (4) quando o clube disponibiliza camisas nas versões “jogador” e “torcedor”, considera-se o modelo mais barato.
No momento da pesquisa, a Pluri atuou como consumidores/torcedores normais dos clubes e buscou analisar os valores das camisas que estão nitidamente visíveis nos sites, sem estratégias de ocultação para incentivar a compra de modelos mais caros. Cabe destacar que os modelos e preços das camisas podem sofrer alterações frequentes, principalmente no início e no final das temporadas. Os dados foram colhidos até 27 de março e o levantamento usa a taxa de câmbio de R$ 5,20 = US$ 1.
Os resultados do levantamento - POR PAÍS
Os torcedores argentinos são os que pagam mais caro pelas camisas oficiais dos clubes. No país, o o uniforme mais barato custa em média 19,7 mil pesos (cerca de R$ 495), equivalentes a cerca de 28,5% do salário mínimo local.
O México aparece em segundo lugar na lista. As camisas dos clubes saem, em média, por 1,5 mil pesos mexicanos (R$ 452), enquanto o salário por lá está na casa dos 6 mil pesos (cerca de R$ 1,7 mil). No Brasil, a camisa mais barata custa, em média, R$ 290 - o que representa 22,3% do salário mínimo nacional (R$ 1,2 mil)
Percentual do salário mínimo necessário para comprar uma camisa:
Argentina - 28,5%
México - 25,7%
Brasil - 22,3%
Peru - 19,0%
Colômbia - 17,8%
Uruguai - 14,3%
Equador - 13,2%
Paraguai - 12,7%
Chile - 12,5%
Estados Unidos - 7,2%
Os resultados do levantamento - POR CLUBE
Cinco clubes brasileiros dividem a 12ª posição do ranking de camisas mais caras das Américas: Atlético Mineiro, Cruzeiro, Flamengo, Internacional e São Paulo. Os cinco times patrocinados pela Adidas têm uniformes com preço mínimo de R$ 349, que representa 26,9% do salário mínimo nacional. O Athletico-PR é outro brasileiro no top-20.
O Racing (ARG) lidera o ranking exigindo 34,5% do salário mínimo dos seus torcedores para a compra de uma camisa oficial do clube – o único que exige mais de um terço de um salário mínimo. Boca Juniores, River Plate e Vélez são outros clubes argentinos no topo da lista. Confira o ranking abaixo:
* Se o ranking não aparecer, clique aqui