O Mundial de Clubes começará no dia 14 de junho e a Fifa segue fechando acordos comerciais para alavancarem o setor financeiro da competição. Após assinar com a DAZN para as transmissões e com empresas como o Bank Of America, Hisense e AB InBev, a entidade máxima do futebol fechou com a Cola-Cola, marca global da indústria de bebidas.
O acordo foi assinado nesta quinta-feira (20) e prevê que a Coca-Cola faça ativações e atue em parceria com Fifa tanto nos Estados Unidos, onde acontecerá a competição, quanto em outros países ao redor do mundo. Os valores envolvidos na operação não foram divulgados.
O detalhe é que a Coca-Cola entra em um acordo de patrocínio e tem uma "concorrente direta" já fechada com a Fifa e com a competição. A AB InBev foi escolhida para assumir como a cervejaria oficial da competição. É um tipo de mercado que também tem a Coca-Cola como forte atuante.
Por isso, a parceria da entidade com a Coca-Cola deve ser mais forte na criação de eventos, experiências com o público e alguns produtos licenciados, ao contrário da cervejaria, que deve fornecer diretamente a torcida nos estádios e ter o status de "cerveja oficial".
O movimento já é visto em edições de Copa do Mundo, como na edição de 2022, onde o prêmio de melhor em campo levava a marca da Budweiser, cerveja que pertence à AB InBev. Becks e Corona são outras marcas mundiais da fabricante, assim como Brahma e Bohemia são exemplos para o mercado brasileiro.
A Coca-Cola controla marcas de cerveja como Estrella Galícia e Eisenbahn, além de Sol, Bavaria e Kaiser no Brasil.
No total, são quatro grandes marcas envolvidas com o campeonato até agora. Além da Coca-Cola e da AB InBev, a Hisense é uma empresa estatal do governo chinês e produz eletrodomésticos e eletrônicos. O Bank Of America, instituição financeira fundada no próprio Estados Unidos, também fechou acordo com a Fifa.
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Parceria de longa data
Fifa e Coca-Cola são parceiras há muitas décadas. As duas marcas estão associadas desde 1978 em todas as edições da Copa do Mundo de seleções, tanto com ativações de marca nos países-sede e em outras localidades espalhadas pelo mundo, quanto em exibições estratégicas nos jogos, fan fests e em diversos eventos relacionados à competição durante os ciclos dos Mundiais.
Sem premiação definida
Há alguns meses, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, vem sendo cobrado pela indecisão da entidade para anunciar a prmeiação do Mundial de Clubes.
Até o momento, a entidade não divulgou quais serão as premiações. Inicialmente, todos os clubes ganhariam uma cota fixa igual por participação e esse valor iria crescendo conforme os times fossem progredindo na competição. Nos bastidores, a informação era de que essa quantia fixa seria de cerca de 50 milhões de euros (cerca de R$ 317,5 milhões na cotação atual).
Além da questão da premiação, o Mundial de Clubes também tem gerado insatisfação por aumentar a quantidade de jogos dos seus participantes na temporada.