Com CT e planos comerciais, Argentina busca fincar raízes nos EUA antes da Copa 2026

Associação de Futebol da Argentina (AFA) está próxima de inaugurar centro de treinamento em Miami e, no futuro, quer procurar talentos com dupla nacionalidade nos EUA

imagem cameraFRANCK FIFE / AFP
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 27/04/2023
16:28
Atualizado em 28/04/2023
13:30
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Atual campeã mundial, a Argentina já está com os olhos voltados para os Estados Unidos, uma das sedes da Copa do Mundo 2026. Em meio à estratégia de expansão global, a AFA (Associação de Futebol da Argentina) definiu o mercado norte-americano como a próxima fronteira a ser derrubada, em um plano que inclui acordos comerciais, a construção de um CT e até um programa de identificação de talentos.

A expansão global teve início em 2018 com o objetivo de transformar a marca da AFA ao redor do mundo. Após estabelecer uma presença permanente na China e no Oriente Médio, a entidade destinará esforços no crescimento nos Estados Unidos, que também será sede da Copa América 2024.

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Os grandes eventos foram cruciais, mas não os únicos motivos para a escolha dos Estados Unidos como próximo foco. Em entrevista ao "The Athletic", o diretor comercial e de marketing da AFA, Leandro Petersen, disse que os mais de 50 milhões de latinos nos EUA e “o mercado de futebol em rápido crescimento” também foram levados em consideração.

Patrocínios, CT e talentos: os planos da AFA nos EUA

Um dos focos da AFA nos Estados Unidos será a busca por mais acordos de patrocínio. A entidade tem mais de 150 parceiros comerciais em todo o mundo e acredita ter mais acordos do que qualquer outra federação.

Segundo Petersen, essas parcerias começaram a se acumular depois que a Argentina conquistou a Copa América de 2021 no Brasil. Atualmente, são 10 parceiros comerciais na China, além de três sócios na Índia e cinco nos Emirados Árabes e no Qatar.

Projeto de CT da Argentina em Miami (Foto: Divulgação/AFA)

Uma outra iniciativa da AFA nos Estados Unidos será a construção de um centro de treinamento, nos moldes do complexo esportivo de Ezeiza. O espaço será em Miami, e além de um prédio administrativo, terá campos para diversas categorias e espaços recreativos. Estima-se que o investimento total para as instalações da AFA seja de aproximadamente US$ 10 milhões.

A AFA, inclusive, avalia uma série de propostas para os naming rights de suas instalações em Miami. As obras de construção ainda não foram iniciadas, mas o plano é que a inauguração aconteça antes da Copa América, que será disputada em meados de 2024. O espaço poderia servir como sede da seleção durante o torneio.

Após estabelecer sede em Miami, a AFA pretende criar escolinhas de futebol ao redor do país. A ideia, a longo prazo, é procurar talentos com dupla nacionalidade. Diante da crise econômica na Argentina, há um grande fluxo de pessoas indo morar na América do Norte. Assim, no futuro, é possível que jogadores americanos tenham pais argentinos e desejem defender as cores albicelestes.

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