A DAZN, empresa de streaming esportivo, fechou o ano de 2021 com um prejuízo de cerca de US$ 2,3 bilhões - mais de R$ 10 bilhões na cotação atual. Os números foram divulgados pela Bloomberg e apontam um valor negativo 79% maior se comparado ao ano anterior. Ao todo, desde 2016, a empresa acumula uma perda de US$ 6 bilhões.
O aumento das perdas se deve principalmente ao maior investimento na compra de direitos de transmissão de competições, segundo o CEO Shay Segev. Vale destacar que, em 2021, a DAZN conseguiu os direitos da Bundesliga e da Serie A para o mercado europeu. O impacto da inclusão da La Liga será contabilizado nas contas de 2022.
De acordo com as contas oficiais, o investimento em direitos de transmissão disparou 58,3% e chegou a US$ 1,9 bilhões. Em contrapartida, o faturamento da DAZN aumentou 79% em 2021 e chegou a US$ 1,5 bilhões. Vale destacar que a previsão de receitas para 2022 era de US$ 2,3 bilhões, mas os números ainda não foram fechados.
De olho em minimizar os riscos, os executivos da empresa planejam torná-la um investimento de capital aberto nos próximos anos: "Embora eu não tenha uma preferência, acho que abrir o capital faz sentido. Acho que a DAZN seguirá o mesmo caminho que Netflix ou Amazon", disse Segev, CEO da empresa.
Investimento no mercado brasileiro
O Brasil é um dos nove mercados de atuação da DAZN ao redor do mundo. Após reduzir a operação durante a pandemia da Covid-19, a empresa esteve próxima de deixar o mercado brasileiro, mas voltou atrás na decisão.
Agora, a plataforma de streaming vive um momento de retomada de investimento no futebol brasileiro. O grupo atualmente tem os direitos de transmissão da Série C do Brasileirão e exibirá uma série de Estaduais em 2023
Os confirmados até o momento são o Pernambucano, o Goiano e o Potiguar. Os próximos devem ser o Alagoano e o Paraense. Há também negociações em andamento para a DAZN transmitir o Cearense 2023. Todos farão parte do projeto "Nosso Futebol", que também inclui a Copa do Nordeste - leia mais aqui.