Bundesliga desiste de acordo bilionário com investidores privados
Liga alemã planejava dividir os direitos de transmissão em troca de um aporte financeiro
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A Liga Alemã de Futebol (DFL) anunciou nesta quarta-feira (21) que desistiu do polêmico acordo com investidores privados para dividir os direitos de transmissão da Bundesliga em troca de um aporte financeiro para ajudar a comercialização e a promoção internacional do Campeonato Alemão.
- Devido aos acontecimentos, não parece possível continuar este processo de maneira bem-sucedida - disse em um comunicado o porta-voz do Comitê Diretivo da DFL, Hans-Joachim Watzke, fazendo alusão aos protestos em todo o país nas últimas semanas.
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Como forma de boicotar esse acordo, os torcedores se organizaram para atirar bolas de tênis, moedas de chocolate e outros objetos nos gramados com o objetivo de atrasar ou interromper as partidas.
Os 36 clubes da primeira (Bundesliga) e segunda (Bundesliga 2) divisões decidiram em dezembro que recorreriam a um investidor, o fundo CVC, para "garantir um sucesso duradouro a longo prazo" de sua liga profissional.
Em troca de 8% dos futuros direitos de televisão, a DFL deveria receber cerca de 1 bilhão de euros (R$ 5,3 bilhões, na cotação atual) para ajudar a comercializar e promover a Bundesliga internacionalmente.
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A imagem e impacto da liga alemã está longe do patamar de campeonatos como o Inglês e o Espanhol, apesar de grandes clubes como Bayern de Munique e Borussia Dortmund e da enorme presença de público nos estádios do país, quase sempre lotados.
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— Bundesliga English (@Bundesliga_EN) February 21, 2024
A decisão de dezembro veio depois de um primeiro fracasso de um projeto similar em maio do ano passado.
Os grupos de torcedores se opuseram ao acordo afirmando que o processo tinha sido manchado pela falta de transparência e levaria a uma "supercomercialização" do esporte.
O centro do debate era a ameaça sobre a chamada 'regra 50+1', que exige que os clubes alemães mantenham pelo menos 50% mais um voto dos direitos para seus próprios membros frente a eventuais investidores externos. Com a vigência dessa norma, os clubes mantêm o controle de suas próprias decisões e os torcedores temiam que o acordo fosse um primeiro passo contra esse princípio.
* Texto da agência AFP
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