Corinthians e Flamengo se enfrentaram no último domingo, na Neo Química Arena, e colocaram frente a frente clubes que têm rivalidade histórica, últimos anos distintos, mas torcidas gigantes. E essa massa tem sido capitalizada pelos clubes nas redes sociais.

Só o Flamengo, por exemplo, soma 59,3 milhões de seguidores nas cinco principais plataformas digitais: Facebook, Instagram, TikTok, Twitter e YouTube, e lidera neste quesito. O Corinthians aparece logo atrás, com 36,9 milhões. São Paulo e Palmeiras possuem mais de 22 milhões e fecham o ranking dos quatro primeiros.

De acordo com a pesquisa mais recente do Ibope Repucom, o Rubro-Negro também liderou o ranking de novas inscrições do último semestre, com mais de 1,8 milhão de inscrições nas plataformas citadas. Já o alvinegro ficou em primeiro lugar em junho, com cerca de 273 mil novos inscritos. Considerando apenas Twitter, Instagram e TikTok, por exemplo, os dois clubes, juntos, possuem mais de 60 milhões de seguidores.

- Uma base de seguidores que tenha proporção com o número de torcedores que aparecem em pesquisas de tamanho de torcida, sem dúvida, é uma fortaleza. E que pode ser explorada não só na relação com patrocinadores mas também na comunicação direta, entendimento de perfil, demografia e monetização”, afirma Ivan Martinho, professor de marketing esportivo da ESPM.

Na visão de Renê Salviano, CEO da agência de marketing esportivo Heatmap, ter uma grande base de torcedores é um bem a ser explorado pelo clube, sobretudo quando há abrangência em todo o país. Mas é preciso encontrar maneiras de aproveitar e lucrar com esse cenário.

- A chave está em compreender como as marcas se conectam com o planejamento digital do clube. Não é suficiente apenas ter um grande número de seguidores. É crucial que haja um verdadeiro engajamento da torcida. E esse aspecto tem de ser fomentado através de criatividade, compreensão do contexto e uma análise cuidadosa das estratégias para estabelecer uma conexão efetiva com os torcedores e, assim, gerar receitas - explica Renê.