Finalizadas as oitavas de final das Copas Libertadores e Sul-Americana, nove equipes brasileiras seguem vivas - cinco na Libertadores (Atlético-MG, Fluminense, São Paulo, Botafogo e Flamengo) e quatro na Sul-Americana (Fortaleza, Corinthians, Athletico-PR e Cruzeiro). A proporção é superior em relação ao ano passado, quando eram oito equipes no total, e iguala o recorde histórico de 2022, quando também houve nove brasileiros nas quartas de dos dois torneios, algo que nunca havia ocorrido antes. Especialista em marketing esportivo e sócio-diretor da Wolff Sports, Fábio Wolff explica a influência econômica no recente domínio brasileiro.

- O Brasil tem o maior poderio econômico do continente. Com isso, os clubes conseguem movimentar cifras muito maiores que seus concorrentes, e isso acaba se refletindo em campo - destrinchou.

Outro dos fatores que explica a recente hegemonia brasileira são os avanços na estrutura do futebol nacional nos últimos anos. Renê Salviano, CEO da agência Heatmap, é quem acrescenta: 

- Temos presenciado a profissionalização em todas as camadas do futebol nacional, o que contribui para que esse domínio possa seguir por mais muitos anos. É cada vez mais evidente que boa gestão fora das quatro linhas resulta em títulos dentro de campo - analisou, Renê, complementado por Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports Brazil, empresa de entretenimento norte-americana comandada pelo cantor Jay-Z.

- Temos, no Brasil, clubes capazes de pagar, aos atletas, valores muito maiores que equipes argentinas da mesma popularidade e audiência, por exemplo. E até mesmo em relação a times europeus de segundo ou terceiro escalões - comparou.