Os Jogos Olímpicos de Paris começam no próximo dia 26 e prometem trazer grandes mudanças no que se trata de tecnologia e transmissões. As provas poderão ser assistidas pelo público do Brasil pela Globo e Sportv, na televisão. Já no streaming, pela primeira vez no país a competição conta com mais de uma opção além do Globoplay: a CazéTV terá transmissões online e de forma gratuita por plataformas como YouTube e Twitch.

Pesquisa da VTrends, o braço de pesquisa e insights da Vivo, mostra que a preferência da audiência ainda deve ser pela TV aberta para acompanhar as Olimpíadas, com 64% dos entrevistados dizendo pretender assistir pela Rede Globo. Porém, os canais de internet já aparecem como a segunda opção mais cotada pelo público, com 30% das respostas.

- O avanço tecnológico vem transformando as transmissões esportivas. As coberturas, que eram feitas de forma hegemônica por mídias tradicionais, ganharam a concorrência dos meios digitais. Os streamings e canais na internet agilizam o consumo e abrem a possibilidade de novas ativações e publicidades - avalia Renê Salviano, CEO da agência Heatmap e especialista em marketing esportivo.

Nos Jogos de Tóquio, a Rede Globo e a BandSports eram as únicas detentoras dos direitos em território nacional, entre canais abertos e fechados, além do Globoplay, da emissora carioca. No entanto, tratando-se de canais que funcionam apenas de forma online, a CazéTV é pioneira na atual edição.

Especializado em inovação e tecnologia no esporte e diretor da série “Romário, o Cara”, Bruno Maia analisa o modelo de negócios de plataformas de streaming abertas ao público geral:

- Uma das questões, hoje, é como as transmissões de streaming não pagas conseguirão equilibrar a conta de oferecer aos anunciantes o alcance de TV aberta. Elas não são mais uma novidade e precisam agora definir que lugar vão ocupar e com qual alcance dentro dos diversos formatos que compõem uma campanha de mídia para os anunciantes que querem se vincular aos grandes eventos, como os Jogos Olímpicos - afirma.