O Fortaleza aprovou, no sábado (22), a mudança de estatuto do clube e a criação da Sociedade Anônima do Futebol (SAF). O caso do Tricolor, no entanto, "foge à regra" e merece um destaque oficial.
Diferentemente do que aconteceu com Vasco, Botafogo e Cruzeiro, por exemplo, o Fortaleza não tem intenção de vender ações e ter um "dono". Com dívidas controladas e receitas em expansão, o clube quer manter o controle do seu futebol profissional dentro da associação.
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Por que o Fortaleza decidiu virar SAF?
Na visão do Fortaleza, a transformação em SAF vai possibilitar um trânsito mais fácil no mercado financeiro, simplificando operações como investimentos e empréstimos. O movimento, portanto, foi feito visando expansão no mercado e a manutenção da competitividade do Tricolor.
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Os principais pontos motivadores foram:
✔ Possibilidade de realização de investimentos e empréstimos com maior facilidade;
✔ Aprofundamento em processos de governança corporativa, gestão empresarial, auditoria e compliance;
✔ Preparar o Fortaleza para receber um possível investimento no futuro.
Clube analisa venda de 10% para sócios-torcedores
Atual presidente do Fortaleza, Marcelo Paz é o favorito para assumir o cargo de primeiro CEO da SAF do Leão do Pici. Em entrevista ao ge, o dirigente revelou que o clube estuda uma forma de oferecer até 10% do capital da SAF exclusivamente para sócios-torcedores. Esta seria uma espécie de "solução caseira" para uma etapa de capitalização.
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- Algo que passa pela nossa cabeça é a gente em um primeiro momento, talvez, abrir venda de ações somente para os sócios-torcedores do clube, somente para quem faz parte dessa associação e para quem acredita nesse projeto há mais tempo. Passa pela nossa cabeça fazer isso inicialmente para mostrar que o sócio-torcedor tem prioridade e pode fazer parte ainda mais ativo do clube que ele ama - disse Marcelo Paz, antes de completar:
- Não é uma decisão tomada, é algo que a gente pensa que pode ser um primeiro movimento e que passaria pelo mesmo processo do último sábado. O torcedor vai votar se quer ou não quer. Percentual baixo de ações, no máximo 10%, para o sócio-torcedor - completa.