O presidente da Argentina, Javier Milei, revogou, nesta terça-feira (22), um decreto que estabelecia benefícios fiscais aos clubes de futebol do país. O DNU 510/2023 foi assinado há um ano pelo então presidente Alberto Fernández em um ato de retomada, após Mauricio Macri, seu antecessor, também tê-lo revogado em 2019.

A decisão de Milei de derrubar o decreto vem na esteira de uma série de desentendimentos entre o governo e a AFA (Associação de Futebol Argentino). De acordo com jornais argentinos, como o El Clarín, esse é mais um passo que o presidente dá na tentativa de forçar a entrada das SAFs no futebol do país, cenário que não é visto com bons olhos pela AFA.

A mudança afetará todos os clubes do país, mas principalmente os clubes menores. Com o regime que estava em vigor, os clubes não precisavam pagar contribuições à segurança social como Regime de Pensões, Abonos de Família, PAMI e Fundo Nacional do Emprego.

Durante o governo Macri, quando o decreto também deixou de valer, os clubes tiveram que pagar impostos que chegaram a 7,50% sobre as vendas de bilheteria, transferências de jogadores e direitos televisivos. O governo ainda incluiu para o pagamento das taxas a outras 75 categorias, dentre divisões do futebol masculino e do feminino. Em contraponto, foi criado um sistema para refinanciamento das dívidas acumuladas pelos clubes. Este benefício também deixa de valer a partir de agora.