Mundial de Clubes de 2025: presença de Messi, falta de patrocinadores e outras polêmicas

Torneio acontecerá nos EUA, entre os dias 15 de junho e 13 de julho, e contará com 32 times

imagem cameraGianni Infantino - Presidente da Fifa (Foto: Divulgação / Fifa)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 05/12/2024
13:16
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Acontece nesta quita-feira (5) o sorteio dos grupos do Mundial de Clubes de 2025. O novo modelo, que recebeu o apelido de "Super Mundial", contará com 32 times e jogos em onze cidades dos Estados Unidos, entre os dias 15 de junho e 13 de julho.

Mundial de Clubes de 2025 consegue terceiro patrocinador, mas premiação segue incerta

Inicialmente, a Fifa pretendia realizar esse torneio mais robusto com a intenção de dar força simbólica ao Mundial, ampliando prestígio, valores de premiações e interesse do público, dos clubes e das marcas, mas esse plano tem enfrentado grandes dificuldades para se tornar realidade.

O Mundial chega ao dia do seu sorteio de grupos após passar por diversas polêmicas e enfrentar críticas pelos motivos mais variados, que iam de questões esportivas às econômicas.

A entidade enfrentou dificuldades para conseguir fechar contratos de patrocínio e vender os direitos de transmissão do torneio. Depois de muita espera, três acordos foram anunciados com Hisense, AB InBev e Bank of America. As três empresas são parceiras da Fifa de longa data e já possuíam acordos para anunciar em outras competições da entidade. Analistas internacionais apontam que estender contratos com patrocinadores com quem já tinha vínculo, teria sido a solução encontrada pela Fifa para sanar o problema de falta de marcas interessadas na competição.

Até a classificação do Inter Miami como time representante do país sede gerou especulações. Isso porque, pela primeira vez, a organização permitiu que um clube garantisse uma vaga por conta de uma conquista doméstica e não por ter se tornado campeão de uma competição continental.

Messi em partida do Inter Miami (Foto: Megan Briggs / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP)

O título que credenciou o time do craque argentino Lionel Messi para a competição foi a conquista da Supporters' Shield, que sequer é o mesmo que ser campeão da MLS. Isso porque o campeonato de futebol dos Estados Unidos tem formato semelhante ao de outras ligas de sucesso no país, como a NBA e a NFL: as equipes são divididas em duas conferências e os classificados de cada uma delas se enfrentam em um mata-mata até definir os seus respectivos campeões; no fim, os dois campeões de conferência duelam pelo título da Major League Soccer (ou MLS Cup). 

Assim, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, passou a ser acusado de ter se aproveitado do fato da entidade não ter estabelecido uma regra clara sobre qual seria o critério usado para escolher o representante do país sede, para incluir um time que voltaria os holofotes à competição e poderia ajudar a atrair marcas.

O "The Athletic", do "New York Times", chegou a pulicar um artigo fazendo uma crítica neste sentido.

- A Fifa não está nem escondendo mais. Quando você está precisando desesperadamente de um grande acordo de direitos de transmissão e alguns grandes patrocinadores americanos nos próximos meses, o momento da sutileza já passou. Se tudo parece muito conveniente, é porque é exatamente isso.

Premiação e impacto na temporada

O Super Mundial também sofreu diversas críticas por não confirmar o valor das premiações que serão dadas aos clubes participantes e ao campeão.

Inicialmente, os clubes teriam sido informados de que todos ganhariam uma cota fixa igual por participação e esse valor iria crescendo conforme os times fossem progredindo na competição. Nos bastidores, a informação era de que essa quantia fixa seria de cerca de 50 milhões de euros (cerca de R$ 317,5 milhões na cotação atual).

Mas, com as dificuldades encontradas pela entidade para atrair investimentos para a competição, esses valores nunca foram confirmados.

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Além disso, o Mundial de Clubes também tem gerado insatisfação por aumentar a quantidade de jogos dos seus participantes na temporada.

O presidente da La Liga, Javier Tebas, por exemplo, chegou a criticar a competição em dois momentos. Em um deles, o espanhol pediu a Infantino que desistisse da realização do Mundial por causa dos impactos físicos que a competição causaria nos atletas.

Na quarta-feira (4), a Fifa anunciou um acordo para que a DAZN faça a transmissão oficial do evento para todo o mundo. A expectativa é que em breve questões como a da premiação sejam resolvidas.

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