Enquanto o Botafogo tenta se reencontrar na temporada, o Estudiantes, adversário desta quarta-feira (23) na Libertadores, vive um capítulo decisivo fora das quatro linhas. O clube argentino assinou um acordo de investimento de até US$ 120 milhões (R$ 860 bilhões) com o empresário norte-americano Foster Gillett, mas o projeto ainda enfrenta alguns obstáculos.
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🏦 Moldes parecidos aos da SAF do Botafogo
Presidido pelo ídolo Juan Sebastián Verón, o Estudiantes vê no investimento externo uma forma de se modernizar e competir em alto nível, como tem ocorrido com clubes brasileiros que viraram SAF, caso do próprio Botafogo, comprado por John Textor em 2022.
No entanto, a legislação argentina proíbe a transformação de clubes em sociedades anônimas esportivas — o que obriga uma engenharia jurídica para viabilizar a entrada do investidor.
➡️ A solução encontrada foi a formação de uma sociedade mista, em que o Estudiantes não precisa oferecer bens como garantia, mas cederia um percentual sobre futuras vendas de jogadores como contrapartida ao aporte.
💼 Negócio em xeque
O modelo, que inicialmente parecia viável, entrou em crise de credibilidade. Mesmo com o anúncio da compra de Cristian Medina, do Boca Juniors, por US$ 15 milhões, começaram a surgir relatos de atrasos em pagamentos e questionamentos sobre a real capacidade financeira de Gillett.
Além disso, o projeto esbarra na resistência da AFA, contrária à entrada das SADs no futebol argentino, mesmo com o presidente Javier Milei defendendo a abertura ao capital privado. A Fifa, inclusive, foi acionada pela AFA para avaliar possíveis interferências políticas, o que pode gerar sanções à seleção nacional.
Na noite desta quarta, o futebol volta a falar mais alto. Mas nos bastidores, o Estudiantes vive uma batalha de bastidores que pode definir o futuro do clube — dentro e fora de campo.
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