Dono do PSG desde 2012, o Qatar Sports Investments (QSI) pretende ampliar seus braços dentro do mercado do futebol e formar um conglomerado de clubes. Após adquirir uma participação minoritária do Braga (POR) em 2022, o fundo ligado ao governo qatari tem negociações em andamento para expandir negócios e investir em outros times ao redor do planeta.
Um deles é o Santos, conforme se tornou público nesta semana. As conversas ainda estão em estágio inicial e as partes discutem qual seria o modelo viável para a parceria avançar - clique aqui para ler mais detalhes.
O clube brasileiro, no entanto, não é o único alvo do QSI. Há, inclusive, negociações mais avançadas com a Sampdoria, da Itália, por exemplo. Abaixo, o LANCE! apresenta mais detalhes sobre os planos de investimento do fundo do Qatar no futebol.
Planos de formar conglomerado, mas de forma diferente
O QSI pretende formar um conglomerado de clubes até o fim de 2023, mas de forma diferente do City Football Group, por exemplo. Enquanto o grupo ligado aos Emirados Árabes tem o controle de uma série de times, o fundo do Qatar quer ampliar o investimento no futebol por meio da aquisição de ações minoritárias das equipes selecionadas.
O primeiro passo dentro deste projeto foi a compra de 21,67% da SAD do Braga, de Portugal. A negociação foi finalizada em outubro de 2022 e avaliou o clube português em € 90 milhões, de acordo com a imprensa local. Como acionista minoritário, o QSI não tem influência direta na gestão, mas se beneficia com parte dos lucros.
O mesmo modelo de negócios está próximo de ser fechado com a Sampdoria. Após meses de conversas, o fundo do Qatar está em negociações avançadas com Massimo Ferrero, atual dono do clube italiano. A ideia é adquirir uma participação minoritária, enquanto a ASER Ventures, dona do Leeds United, compraria a maior parte das ações do clube de Gênova.
Caso a negociação seja confirmada, a QSI teria a menor parte do negócio, mas se associaria a um sócio importante, como o ASER Ventures, comandada pelo empresário italiano Andrea Radrizzani. Há, inclusive, rumores que a QSI poderia, a longo prazo, investir no Leeds em uma outra parceria com a mesma empresa.
As conversas com o Santos seguem a mesma lógica: o fundo qatari investiria em uma participação minoritária, sem ter controle do clube. O modelo ainda está sendo discutido e deve seguir as regras impostas pela Fifa e pela legislação brasileira
Além da Sampdoria e do Santos, o QSI também tem conversas em andamento com o Málaga, da Espanha. Neste caso, no entanto, a empresa pode aproveitar a crise financeira e de gestão para comprar 51% das ações do clube e assumir o controle da gestão. O atual proprietário é o também qatariano Abdullah al Thani.