Taxa de ocupação do futebol brasileiro foi inferior a 30% em 2022; veja balanço final

Levantamento da Pluri Consultoria, em parceria com o LANCE!, apresenta números, recordes e destaques sobre a ocupação dos estádios brasileiros<br>

imagem cameraEstádios brasileiros tiveram ocupação baixa em 2022 (Foto: Divulgação/Fluminense)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 23/12/2022
16:03
Atualizado em 24/12/2022
13:40
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O ano de 2022 se aproxima do fim, e o LANCE!BIZ apresenta o balanço final da taxa de ocupação durante a última temporada do futebol brasileiro. O levantamento da Pluri Consultoria, com exclusividade ao L!, destaca que, apesar do recorde no número total de público pagante (leia mais aqui), os estádios do país seguem vazios na maior parte do tempo.

O estudo leva em consideração as partidas com mando de campo dos clubes brasileiros em todas as competições (nacionais, internacionais, regionais e estaduais). Vale destacar que o cálculo da taxa de ocupação é feito com base na divisão entre o público pagante e a capacidade total do estádio.

TAXA DE OCUPAÇÃO CRESCE, MAS SEGUE BAIXA

No acumulado de 2022, entre janeiro e novembro, o futebol brasileiro alcançou uma taxa de ocupação de 29,6% nos estádios. É a maior marca desde 2019, mas ainda muito abaixo se comparado com o cenário de países europeus.

Os números indicam o desinteresse do torcedor brasileiro pelas partidas no país durante a maior parte do ano, principalmente no primeiro semestre. O mês com maior taxa de ocupação dos estádios brasileiros em 2022 foi setembro, com cerca de 53%. Em seguida, aparecem agosto (47%) e novembro (44%).

+ Público no futebol brasileiro em 2022: veja balanço final com números, recordes e destaques

RIVAIS PAULISTAS LIDERAM RANKING

O Palmeiras, com 77,55%, foi o clube com maior ocupação média em 2022, seguido pelo rival Corinthians (76,89%). Dos 284 clubes avaliados no ranking de 2022, apenas 10 tiveram uma ocupação superior à 50%.

Clubes com maiores taxas de ocupação em 2022:
1. Palmeiras - 77,55% (37 jogos)
2. Corinthians - 76,89% (36 jogos)
3. Flamengo - 65,04% (39 jogos)
4. Vasco - 64,96% (26 jogos)
5. Santos - 59,32% (31 jogos)
6. Remo - 58,90% (18 jogos)
7. Cruzeiro - 57,61% (28jogos)
8. Bangu - 55,10% (5jogos)
9. Goiás - 54,39% (31 jogos)
10. Criciúma - 53,63% (19 jogos)

É importante destacar que o cálculo usa as capacidades oficias de cada estádio, mesmo que alguns não coloquem todos os ingressos à disposição por questões de segurança.

Palmeiras teve maior taxa de ocupação (Foto: Staff Images/Allianz Parque)

Jogos com maiores taxas de ocupação em 2022:
​1. Brusque 1 x 1 Grêmio (Série B) - Augusto Bauer - 98,79%
2. Bahia 1 x 1 Guarani (Série B) - Fonte Nova - 96,88%
3. América-RN 2 x 0 Pouso Alegre (Série D) - Arena das Dunas - 96,45%
4. Bahia 2 x 1 Vasco (Série B) - Fonte Nova - 96,32%
5. Bahia 1 x 1 Vila Nova (Série B) - Fonte Nova - 96,28%
6. ABC 4 x 3 América-RN (Potiguar) - Frasqueirão - 95,81%
7. ABC 0 x 0 Mirassol (Série C) - Frasqueirão - 95,43%
8. Palmeiras 2 x 1 São Paulo (Copa do Brasil) - Allianz Parque - 94,62%
9. Criciúma 1 x 2 Vasco (Série B) - Heriberto Hülse - 94,59%
10. Corinthians 0 x 0 Flamengo (Copa do Brasil) - NeoQuímica Arena - 94,47%

Competições com maiores taxas de ocupação em 2022*:
1. Copa Libertadores - 67%
2. Recopa Sul-Americana - 63%
3. Brasileirão Série A - 49%
4. Copa do Brasil - 46%
5. Copa Sul-Americana - 41%

* A Supercopa do Brasil teve taxa de ocupação de 68%, mas não entra no ranking porque teve apenas uma partida.

Regiões com maiores taxas de ocupação em 2022:
1. Sudeste - 41,51%
2. Sul - 29,27%
3. Nordeste - 22,31%
4. Centro-Oeste - 18,56%
5. Norte - 11,02%

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