Vasco e Atlético-MG se enfrentam neste sábado (19), às 18h30, em São Januário, pelo jogo de volta da semifinal da Copa do Brasil. Os dois times fazem parte das equipes brasileiras que se tornaram SAFs nos últimos ano. No entanto, elas não são iguais. O Lance! Biz vai explicar qual a diferença entre as duas!

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SAF Galo

O Atlético-MG se tornou uma SAF no segundo semestre de 2023. Ela é dividida da seguinte forma: a associação é responsável por 25%, que inclui a sede administrativa e clubes sociais; e os outros 75% (futebol, Arena MRV e Cidade do Galo) pertencem agora à Galo Holding.

Diferentemente do que acontece em outras SAFs, a do Galo foi comprada por empresários que também são torcedores do time e que já participavam da administração do clube há anos. A Galo Holding é composta por Rubens e Rafael Menin, Ricardo Guimarães, Ricardo Salvador e por dois fundos de investimentos, o FIP e o FIGA (Fundo de Investimento do Galo), que conta com a participação de torcedores alvinegros.

A SAF do Atlético-MG ficou avaliada em R$ 2,1 bilhões. O aporte inicial foi de R$ 916 milhões, sendo R$ 505 milhões de aporte ao caixa do clube, R$ 316 milhões para amortização de 100% da dívida do Alvinegro com a família Menin e mais R$ 95 milhões que seriam captados pela FIGA nos anos seguintes. A Galo Holding também assumiu a dívida de R$ 1,8 bilhão da associação.

Outro ponto é que a SAF do Galo criou um Conselho de Administração, que conta com os membros da Galo Holding, com o presidente e o vice-presidente da associação, para tornar a tomada de decisão no clube mais democrática.

Rafael Menin, Rubens Menin, Renato Salvador e Ricardo Guimarães, integrantes da Galo Holding (Foto: Pedro Souza / Atlético-MG)

SAF Vasco

Já o Vasco, virou SAF em 2022, quando vendeu 70% das ações à 777 Partners, grupo norte-americano que também é dono de porcentagens do Genoa, da Itália; do Everton, da Inglaterra; do Hertha Berlin, da Alemanha; do Red Star, da França; e do Standard Liège, da Bélgica.

O acordo inicial previa que a 777 Partners investiria R$ 700 milhões na Vasco da Gama SAF por cinco anos e assumiria até R$ 700 milhões em dívidas do clube. Além disso, eles também arcariam com R$ 28 milhões em custos de estruturação da empresa e da transação.

Os R$ 700 milhões entrariam no caixa do clube em quatro parcelas:

  • 2022 - R$ 70 milhões (empréstimo-ponte) + R$ 120 milhões
  • 2023 - R$ 120 milhões
  • 2024 - R$ 270 milhões
  • 2025 - R$ 120 milhões

Se o o acordo parecia ser uma boa ideia no início, logo a relação com a 777 foi ficando conturbada. Em 2024, a situação financeira do grupo norte-americano passou a ser uma preocupação para o Vasco. O clube chegou a conseguir uma liminar na justiça para afastar a 777 do controle da SAF sob a alegação de que a empresa não tinha garantia de segurança financeira para cumprir com seus compromisso. Com a decisão da justiça e com o clube já sob a presidência de Pedrinho, o futebol passou a ser comandado pelo clube associativo.

Josh Wander dono da 777 Partners (Foto: Thiago Ribeiro/AGIF)

Mas a confusão não parou por ai. A 777 Partners foi processada, nos Estados Unidos, por pegar um empréstimo de 350 milhões de dólares e dar como garantia fundos que não eram seus ou sequer existiam. No momento, seu funcionamento está sob o controle da seguradora A-CAP. A empresa tem demonstrado interesse em vender os ativos da 777, um deles é a porcentagem da SAF do Vasco.