A constante troca de treinador é uma característica inerente ao futebol brasileiro. Neste Brasileirão, em apenas quatro rodadas, já foram quatro substituições. Fluminense, Santos, Grêmio e Corinthians já demitiram os técnicos que começaram a competição. Levantamento no número de profissionais que trabalharam em cada edição do Brasileirão por pontos corridos desde 2006 (com 20 clubes) mostra a média de 22 mudanças de treinador a cada campeonato nesses 20 anos (veja quadro abaixo).
Siga o Lance! no WhatsApp e acompanhe em tempo real as principais notícias do esporte
Neste Brasileirão, Mano Menezes dirigiu o Fluminense apenas na primeira rodada: após a derrota por 2 a 0 para o Fortaleza, foi substituído por Renato Gaúcho. No Santos, Pedro Caixinha foi demitido depois de três jogos sem vitória. Na quarta-feira (16), Gustavo Quinteros deixou o Grêmio, após a goleada por 4 a 1 para o Mirassol. E, nesta quinta-feira (17), Ramón Díaz perdeu o cargo no Corinthians.
E outros estão na corda bamba: Luis Zubeldía, no São Paulo, Pepa, no Sport, Renato Paiva, no Botafogo, e Fábio Carille, no Vasco.
Nas primeiras edições do Brasileirão por pontos corridos, as trocas de treinadores eram mais constantes. No campeonato de 2006, o primeiro disputado por 20 equipes, houve 27 trocas de treinadores, sem contar os interinos que ocupam a vaga entre a saída de um e a entrada de outro técnico.
Esse número se manteve alto nos anos seguintes, chegando a 30 trocas na edição de 2010. O menor número de trocas ocorreu em 2012, apenas 16. No ano passado, o número também foi baixo: 17 trocas.
Também chama a atenção a quantidade de clubes que permanecem o campeonato inteiro com o mesmo técnico. A média é de apenas cinco times por edição – ou seja 15 clubes trocam de treinador a cada Brasileirão. Em 2012, nove times mantiveram o técnico durante as 38 rodadas. Em compensação, em 2015, apenas o campeão Corinthians não mudou o treinador: Tite dirigiu o time do início ao fim.