Denúncias e renúncia movimentam a Segurança Nacional de Buenos Aires após incidentes no Monumental

Autoridades foram denunciados criminalmente após ataque ao ônibus do time xeneize antes da final da Libertadores do último sábado

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Na última segunda-feira, Patricia Bullrich e Martín Ocampo, Ministros da Segurança Nacional e da Cidade Autônoma de Buenos Aires, foram denunciados criminalmente como responsáveis pela falha na operação de segurança nos arredores do Estádio Monumental, que ocasionou a suspensão da final da Copa Libertadores no último sábado entre River Plate e Boca Juniors. O caso está no tribunal federal.

A queixa foi apresentada pelo advogado Fabian Bergenfeld, conhecido por representar as famílias das vítimas da "tragédia dos Cro-Magnon" (um incendio em 2005, em uma balada de Buenos Aires que deixou 194 mortos). Bergenfeld também denunciou o subsecretário de segurança Marcelo D'Alessandro, o vice chefe da polícia da cidade Gabriel Berard, e o chefe da Prefeitura Naval Argentina (PNA), Eduardo Scarzello, a polícia naval era a responsável pela segurança nos arredores do estádio.

O advogado argumentou que os funcionários violaram o protocolo para este tipo de evento. Como não colocar barreiras apropriadas nas cercanias do estádio e não proteger corretamente o percurso do ônibus do Boca Juniors. Na denuncia, foi declarado que o setor onde a equipe visitante passaria era de responsabilidade da prefeitura.

Após o escândalo, Martín Ocampo renunciou seu cargo de ministro da Segurança de Buenos Aires, posto que ocupa desde 2015. O advogado de 49 anos, foi também legislado da Cidade de Buenos Aires e Procurador Geral durante a administração de Mauricio Macri. Diego Santilli, vice de governo, assumirá a posição.

- Os responsáveis são aqueles que jogaram as pedras, aqueles que têm que ir para a cadeia, há o chefe de governo para a operação, mas o que esperamos é que vão atrás daqueles que atacaram o ônibus do Boca. Não houve erros da polícia ou zonas liberadas, os responsáveis são os agressores - disse Patricia Bullrich, em coletiva realizada junto do presidente Mauricio Macri e Nicolá Garavano, ministro da Justiça.

Macri coincidiu afirmando que os culpados são os barras bravas do River Plate. De acordo com o presidente, os membros da torcida atacaram após investigação na casa de Héctor Godoy, líder da barra conhecida como "Los Borrachos del Tablón". No local, foram encontrados 15 mil dólares e trezentas entradas para a grande final, que seriam vendidas ilegalmente.

- Não podemos naturalizar a violência, parece que nos acostumamos com fatos em que as instituições são atacadas, e não podemos naturaliza-las, deve ser rejeitada pela liderança como é por todos os argentinos. Nós conseguimos casos históricos, dando à cidade de Buenos Aires uma força policial, fomos os primeiros, não olhamos para o outro lado, temos quatro forças federais que combatem o crime complexo, antes de criticar a operação de segurança, devemos isolar violento - concluiu Patricia.

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