Galo pressiona, mas empata com Wilstermann e cai na Liberta
Clube mineiro dominou durante os noventa minutos, mas não conseguiu tirar o zero do placar. Como perdeu por 1 a 0 no jogo de ida, deu adeus à competição sul-americana<br>
Não deu! No Mineirão, o Atlético-MG bem que tentou, mas não saiu do zero com o Jorge Wilstermann, da Bolívia, em jogo válido pela volta das oitavas de final da Libertadores. Com a derrota de 1 a 0 na ida, o Galo volta as atenções ao Brasileiro, campeonato em que vai mal. A temporada acabou?
Depois da derrota fora de casa, o Atlético precisava de uma vitória de pelo menos dois gols de diferença para avançar às quartas de final da Libertadores ou fazer 1 a 0 para forçar os pênaltis. E um fator que dificultava ainda mais a vida do Galo era o retrospecto recente da equipe jogando em Minas Gerais. O clube mineiro vinha de uma sequência de quatro derrotas consecutivas jogando em seus domínios, o que desanimou o torcedor de comparecer em grande número no Gigante da Pampulha.
Mas o Galo, nos minutos iniciais, parecia uma equipe diferente da que não vinha ganhando os últimos jogos. Pressionava e encurralava o Jorge Wilstermann no campo defensivo, jogando com autoridade e criando chances. Faltava só melhorar a pontaria para tirar o zero do placar.
A partir dos 20 minutos, no entanto, o jogo esfriou. O Atlético dos últimos jogos voltou a aparecer, sendo muito previsível e ameaçando pouco o gol defendido por Olivares. Cazares e Luan tiveram as melhores chances de abrir o placar, mas mandaram para fora. O time boliviano, jogando pelo empate, também não oferecia perigo, dependendo somente de bolas paradas para chegar perto da meta atleticana. No intervalo, 0 a 0 no placar do Mineirão.
No começo da etapa final, o Galo foi para cima mais uma vez. Quase marcou aos oito minutos. Cazares cobrou falta para dentro da área e Luan subiu mais alto que a zaga e testou firme. A bola tocou no travessão e se perdeu pela linha de fundo. O lance animou tanto a torcida quanto o resto do time. A pressão aumentou e o gol ia amadurecendo.
No entanto, o Galo não conseguiu aproveitar o bom momento e viu o jogo esfriar mais uma vez. Valdivia entrou mal, errando passes nas puxadas de contra-ataques que poderiam resultar em boas oportunidades. O Jorge Wilstermann continuava na dele, esperando por uma bola para matar o jogo e a classificação.
Já no desespero, Micale sacou Elias, que vinha mal, e colocou Otero, armando uma equipe com apenas Rafael Carioca de volante. O venezuelano entrou bem, se movimentando bem no meio campo. Consequentemente, o Atlético também melhorou e teve boa chance com Robinho, aos 38 minutos, mas o atacante chutou em cima de Olivares. De minuto a minuto o desespero e as bolas levantadas para a área aumentavam, e o Jorge Wilstermann ia se segurando. Apesar de toda a pressão, o Galo não conseguiu seu gol, e viu os bolivianos se classificarem para a semifinal. Mais uma vez, diante do seu torcedor, a equipe de Rogério Micale não conseguiu derrotar seu adversário.
FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO-MG 0 X 0 JORGE WILSTERMANN (BOL)
Local: Mineirão, Belo Horizonte
Data-hora: 9/8/2017 – 21h45
Árbitro: José Argote (FIFA-VEN)
Auxiliares: Carlos Lopez (FIFA-VEN) e Luis Murillo (FIFA-VEN)
Público: Não divulgado.
Cartões amarelos: Marcos Rocha; Saucedo (JOR)
Cartões vermelhos: Não houve.
Gols: Não houve.
ATLÉTICO-MG: Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Gabriel e Fábio Santos; Rafael Carioca, Adilson (Valdivia, int), Elias (Otero, 34'2°T)e Cazares; Luan (Robinho, 16'2°T) e Fred – Técnico: Rogério Micale.
JORGE WILSTERMANN (BOL): Olivares; Omar Morales (Rudy Cardozo, int), Alex Silva, Zenteno e Aponte; Cristhian Machado, Saucedo, Bergese (Cristian Chávez, 16'2°T) e Jorge Ortiz; Serginho e Gilbert Álvarez (Pedriel, 30'2°T) – Técnico: Roberto Mosquera.