Pressão e contra-ataque: Lucas Lima quer ‘Santos em casa’ no Equador

Líder de assistências da Libertadores com seis passes para gol, camisa 10 não quer que o Peixe abra mão de seu estilo, mas pede ofensividade no momento certo no jogo de ida

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O técnico do Barcelona de Guayaquil, Guillermo Almada, já destacou Lucas Lima como principal cabeça pensante do Santos. Nesta terça-feira, véspera do duelo pelas quartas de final da Libertadores, no Equador, o camisa 10 do Peixe exerceu seu papel de pensador e não escondeu como deseja que o Alvinegro atue no Estádio Monumental do Equador.

Líder de assistências da Libertadores com seis passes para gol, o maestro santista não pretende abrir mão dos contra-ataques, marca registrada sob o comando de Levir Culpi, mas não quer quer uma retranca. O motivo é a semelhança tática com o "Ídolo do Equador".


- Nosso contra-ataque sempre vai ser uma das nossas principais armas pela velocidade da nossa equipe e dos nossos pontas. Nosso estilo de jogo hoje se baseia nesse contra-ataque, ficar um pouco menos com a bola, chamar o adversário e então termos espaços. É como falei: temos que marcar lá em cima, será um jogo difícil. A primeira partida é muito importante. A gente vem criando esse espírito de Libertadores, temos que jogar como se estiver na Vila, com pegada e velocidade, tentando sair com um grande resultado - explicou.

Único time invicto da Libertadores, o Santos sustenta uma invencibilidade de 16 jogos. Porém, chegou a ficar sem vencer por três jogos no Brasileirão.

A escassez de vitórias passou a incomodar os santistas. Lucas Lima, em particular, tinha outro jejum que pesava contra: o de gols. Antes de balançar as redes da vitória por 2 a 0 sobre o Corinthians, ele não marcava desde o dia 3 de março, quando fez contra o São Bento, pelo Paulistão, fora de casa.

- Fico feliz de estar marcando gols, mas também feliz pelo empenho e pelo que nosso time apresentou em campo. A gente vinha sendo cobrado pelos empates e fizemos um grande jogo, merecemos o resultado. Fazia tempo que eu não marcava, espero ter uma sequência agora e fazer mais gols - acrescentou durante entrevista no hotel em que a delegação santista está hospedada em Guayaquil.

Apesar da decisão pela frente, o clima entre jogadores e comissão técnica é de descontração. Entre os atletas, há brincadeiras a respeito dos dribles no clássico e até mesmo sobre um possível encontro com o Real Madrid no Mundial de Clubes.  Se vencer a Libertadores, o campeão da América terá a chance de encontrar o campeão europeu.

- Já chegamos a brincar. Quanto mais você passa de fase, mais acredita que no fim do ano poderá estar jogando o Mundial. Mas sempre com os pés no chão, porque sabemos que o caminho vai ficando cada vez mais difícil. Temos muito que buscar. Mas sinto que estamos no caminho certo, invictos, fazendo bons jogos... É um sonho ainda pequenininho, mas vamos tentando aumentar a cada fase que passamos - finaliza.

O Santos realiza reconhecimento de gramado do Estádio Monumental do Equador nesta terça-feira, às 19h no horário local (21h de Brasília).

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