Antes do sorteio que define os grupos e os confrontos das fases prévias da Copa Libertadores, a Conmebol prestou homenagem à Chapecoense durante a cerimônia desta quarta-feira, realizada na sede da entidade sul-americana, no Paraguai. A taça de campeão da Copa Sul-Americana deste ano foi entregue.
A abertura do evento foi com o presidente da Confederação, Alejandro Domínguez, que trazia na lapela de seu terno uma fita verde em alusão ao time catarinense. Seu discurso foi iniciado justamente lamentando a tragédia em Medellín que vitimou 71 pessoas em 29 de novembro, um dia antes da final que seria realizada entre Chape e Nacional.
Em seguida, após vídeo de homenagem ao clube, foi entregue a taça da Copa Sul-Americana para a Chapecoense. No palco esteve presente seu presidente, Plínio David de Nês, que em seu emocionante discurso relatou seus sentimentos naquele momento.
- Um misto de tristeza e de alegria invade nossos corações na noite de hoje. É muito difícil controlar as emoções - afirmou.
Plínio ainda fez questão de chamar ao palco um representante do Atlético Nacional, da Colômbia, para que juntos pudessem levantar a taça oferecida pela entidade.
- Gostaria de dividir o troféu com aquele que nos deu esse gesto de humanidade, de amor ao ser humano, aqueles que receberam os nossos heróis em sua última caminhada - disse emocionado, lembrando que a iniciativa de nomear a Chape campeã foi do clube colombiano.
O Nacional também recebeu sua homenagem pelo gesto de ter cedido o título da competição à Chape, além de toda a hospitalidade e o auxílio às vítimas na Colômbia demonstradas. Por isso, a Conmebol entregou o prêmio Fair Play para a equipe de Medellín.
HOMENAGEM COPA DO MUNDO DE 1986
Além de homenagear os envolvidos da tragédia, a Conmebol aproveitou o sorteio da Copa Libertadores para lembrar o aniversário de 30 anos do bicampeonato mundial da Argentina, na Copa do México em 1986. Alguns Jogadores daquela seleção estiveram presentes e subiram ao palco para receber suas premiações. Diego Maradona, o craque, não esteve presente, apesar de ter sido lembrado em imagens da época.
Outra honraria dada pela entidade foi a de melhor jogador da Copa Libertadores de 2016. O premiado foi o meia Alejandro Guerra, do Atlético Nacional. Mas ele não esteve no local para receber sua láurea e gravou um vídeo que foi mostrado a todos os presentes.