Felipão não vê favoritismo do Flamengo contra o Athletico na final da Libertadores: ‘É 50 por 50’

Treinador afirmou que Furacão tem condições de igualar atuação contra rival por ser jogo único em Guayaquil

imagem cameraFelipão é o técnico do Athletico (Gustavo Oliveira/athletico.com.br)
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Guayaquil (EQU)
Dia 28/10/2022
19:13
Atualizado em 28/10/2022
19:29
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Noventa minutos (ou um pouco mais) separam o Athletico Paranaense do primeiro título de Taça Libertadores de sua história. O Furacão enfrenta o Flamengo às 17h deste sábado, no Estádio Monumental, em Guayaquil. Em entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira, Felipão, técnico da equipe paranaense, afirmou que a possibilidade de um jogo único pode ser positiva.

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- Agora é um jogo só, já tivemos experiência em campeonatos de um jogo só, Copa do Golfo, Campeonato Mundial por Portugal em que esses jogos eliminatórios eram decididos em um só jogo. Nesses jogos, equipes de qualidade podem ter uma situação que não é adequada, se não tivermos em situações de qualidade podemos dificultar para o Flamengo. É todo diferente das situações anteriores, e podemos nos transformar naquela equipe vencedora. Sabemos que temos que fazer coisas diferentes em alguns sentidos, mas é um jogo único, pretendemos não cometer erros que cometemos em outras competições. Podemos cometer erros em pontos corridos, mas agora não. Esse é o jogo para cometer menos erros, vamos ver se vamos cometer menos que o Flamengo - afirmou.

De qualquer forma, ele rechaça qualquer jargão de que o Flamengo chega como favorito para a decisão.

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- Favoritismo? 50 por 50, são dois finalistas. Quem jogar melhor para vencer. Não ache que a equipe que chegue na final é tão ruim quanto a melhor de todas. Quem está aqui é porque tem condições - completou.

O Furacão passou por altos e baixos desde o começo da competição. Felipão destacou o crescimento mental do elenco durante a temporada.

- A mentalidade da nossa equipe desde que começou a competição alterna em alguns momentos de dificuldade, mas é uma mentalidade vencedora e se torna vencedora à medida que eliminamos grandes equipes para chegarmos à final. Se eliminamos grandes equipes é porque podemos. Se eliminamos grandes equipes, podemos fazer amanhã. Se tivermos confiança em nós próprios podemos bater de frente com o Flamengo. Quero que minha equipe tenha confiança nela mesmo para que a gente possa dividir o campo 50/50 com o Flamengo. Já fizemos antes e não tem porque duvidar que não faremos amanhã - analisou.

MAIS DECLARAÇÕES DE FELIPÃO

Final contra time brasileiro
- A gente venceu pelo Palmeiras contra uma equipe fora do Brasil e o Grêmio também, agora é uma equipe brasileira. Isso faz me lembrar por um título conquistado pelo Criciúma em 1991, foi muito importante para Santa Catarina, vai ser importante para os 89 anos do Athletico esse título... Já vivi muitas coisas, mas viver um ambiente como a gente viveu no Athletico desde a caminhada é um pouco diferente de tudo que já vivi e valeu a pena tudo isso. Antes de assumir o Athletico, eu tenho o telefone do Thiago e a gente conversava, embora estivéssemos em times diferentes. Quando vim para cá, tive a certeza que encontraria grandes jogadores e homens. Final da Libertadores muitos poucos conquistam, estou satisfeito por ter a oportunidade pelo Athletico, ter a realidade de todos do clube e vivenciar mais uma final.

O que mudou no Felipão
- Eu sou o mesmo. Tenho mais as mesmas ideias de quando comecei a jogar futebol, lembro que segui um grande mestre, chamado Carlos Froner, ele sempre foi um grande treinador e um pai para os seus treinador, sempre segui e continuo seguindo essa linha. Tenho tentado dar uma linha como pessoa do que treinador nesses últimos dias, já não tem mais o que trabalhar. Vou com esse sentimento. Não mudou quase nada em termos de projeções que tenho na vida. Essa projeção dessa Libertadores é muito maior por uma série de coisas que aconteceram antes da final.

Vitor Roque
- Ele é um menino, tem 17 anos, tem uma margem muito grande de evolução. Aos 17 anos estar numa final de Libertadores, já foi a peça principal em algumas situações dessa Libertadores... Ele é um menino muito centrado, ouve muito o que a gente fala, mas não se pode cobrar dele que ele seja a diferença total porque aos 15 anos ele já era profissional. Tem muitas valências que precisam serem desenvolvidas, tem situações que precisam ser evoluídas. Temos que vê-lo não apenas como solução, mas como alguém que vai dar retorno no futuro.

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