LANCE! Espresso: A Conmebol tem a final da Libertadores nas mãos. E isso é uma péssima notícia
Diante de um cenário no qual não tem qualquer controle, a decisão mais sensata seria resgatar a final em dois jogos, com confrontos no Maracanã e Monumental de Nuñez
O Chile viu eclodir há duas semanas uma crise política que rapidamente se transformou em convulsão social. O protesto de estudantes contra o presidente Sebastián Piñera se alastrou para outras reivindicações populares. Depois do cancelamento de dois grandes eventos internacionais (Apec e COP25) marcados para a capital, Santiago, a final da Copa Libertadores entre River Plate e Flamengo parecia ser a próxima da lista. Nada disso.Sem plano B e tentando evitar prejuízos financeiros e problemas com seus patrocinadores, a Conmebol acumula mensagens vazias de confiança na realização da decisão entre River Plate e Flamengo em solo chileno, a primeira disputada em partida única. Apesar do governo do Chile afirmar que garante a segurança, está claro que Santiago não tem hoje as condições ideais para um evento deste porte, programado para receber 25 mil torcedores, entre brasileiros e argentinos. O trauma (e o constrangimento) recente da Conmebol, obrigada a deslocar a final entre Boca Juniors e River para a Espanha, pode explicar o receio, mas não resolve a questão. Diante de um cenário no qual não tem qualquer controle, a decisão mais sensata seria resgatar a final em dois jogos, com confrontos no Maracanã e Monumental de Nuñez. Só a histórica ineficiência da Conmebol deve impedir uma decisão tão óbvia quanto necessária.
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