No primeiro jogo das semifinais da Liga dos Campeões, o Liverpool deu um baile na Roma e garantiu a vitória por 5 a 2 no Estádio de Anfield. Em noite inspirada para Salah, Firmino e Mané, a equipe inglesa desbancou os tentos de Dzeko e Perotti e ficou em uma situação confortável na etapa, podendo avançar à final até mesmo se sofrer derrota por 2 a 0 na próxima quarta.
Por outro lado, o Roma vive um período mais complicado. Para sonhar com a briga direta pela taça, os comandados de Eusebio Di Francesco precisarão repetir a atuação da vitória por 3 a 0 sobre o Barcelona, nas quartas de final. Apesar da dificuldade para cumprir a missão, o Giallorossi já provou que pode surpreender nesta edição do torneio ao passar com resultados apertados nas fases classificatórias anteriores, contra o Shakhtar Donetsk e os catalães.
O histórico de viradas marcantes entre os clubes que estiveram em decisões da Liga dos Campeões contribui para o passado recente da equipe, assim como o critério de gol qualificado. Na atual edição do torneio, o benefício concedido pela marca fora de casa foi utilizado ainda durante os playoffs, quando o Maribor levou 2 a 1 do Hapoel Be'er Sheva e avançou à fase de grupos ao vencer o jogo de volta com o placar de 1 a 0.
Nas oitavas de final, o Shakhtar Donestsk bateu a Roma também por 2 a 1, no primeiro jogo, mas os italianos se deram melhor na decisão e garantiram a vitória por 1 a 0 no Estádio Olímpico, com gol do atacante Dzeko.
Como "facilidade" é um termo que está fora do dicionário do técnico Di Francesco nesta temporada, veio mais um desafio pelas quartas de final: Derrotada por 4 a 1 pelo Barcelona no Camp Nou, o Giallorossi buscou a vitória por 3 a 0 em casa e chegou às semifinais, graças aos tentos de De Rossi, Dzeko e Manolas.
De volta às semifinais, um acontecimento chama a atenção. Há 47 anos, o grego Panathinaikos vivia situação semelhante a dos romanos. Após sofrer derrota por 4 a 1 para a Estrela Vermelha no primeiro confronto das semifinais da Liga dos Campeões*, o time alcançou a vitória por 3 a 0 e se classificou pela qualificação do gol fora de casa.
Entre as disputas de semifinais mais empolgantes da história do campeonato, destaca-se a da temporada 1964-65, quando a Internazionale foi derrotada por 3 a 1 no primeiro jogo, mas conseguiu reverter a vantagem com a vitória por 3 a 0 na decisão, resultado que garantiu a equipe na última fase.
Durante a disputa da taça de 1979-80, o Hamburgo perdeu por 2 a 0 para o temido Real Madrid no jogo de ida, mas conseguiu chegar na final ao vencer a segunda partida com a goleada por 5 a 1.
Na Liga dos Campeões de 1985-86, o Barcelona foi derrotado por 3 a 0 pelo Gothenburg na abertura das semifinais, mas devolveu o placar na decisão, venceu nos pênaltis e se garaniu na final.
Em 1995-96, o Ajax, que vinha se classificando para as fases finais frequentemente nas edições anteriores, perdeu por 1 a 0 para o Panathinaikos na ida, mas garantiu o triunfo por 3 a 0 sobre os gregos na decisão.
Tentando repetir os passos do Panathinaikos de 1971, com a missão de vencer por três gols de diferença, a Roma recebe o Liverpool na próxima quarta-feira, às 15h, no Estádio Olímpico, pela decisão das semifinais da Liga dos Campeões.
* - O campeonato ainda não havia adotado o nome "Liga dos Campeões", então era chamado de "Taça dos Clubes Campeões Europeus".