Cinco técnicos estrangeiros que decepcionaram no futebol brasileiro
Confira os cinco treinadores que não conseguiram implementar seu estilo de jogo em solo brasileiro
Mais um técnico estrangeiro que não conseguiu se dar bem em solo nacional e sucumbiu em resultados e vitórias, e acabou demitido. Não é exclusividade de Bruno Lage passagens ruins pelo futebol brasileiro, diversos treinadores de nacionalidades diferentes encontraram dificuldades para treinar no Brasil, e não conseguiram se adaptar ou seus esquemas e estilos de jogo não vir a se encaixar no time treinado por ele. Por conta disso, o Lance! separou uma lista com os cinco técnicos estrangeiros que mais decepcionaram no solo pentacampeão. O ranking leva em consideração como critério a passagem por um único clube e a expectativa criada em torno do treinador. Confira abaixo.
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5º LUGAR:
JESUALDO FERREIRA - SANTOS (2020)
Contratado depois de bons trabalhos em Portugal, Jesualdo Ferreira não conseguiu convencer no futebol brasileiro. Dessa forma, o técnico de 77 anos acabou sendo demitido pelo Santos, com a eliminação nas quartas de final do Paulista pesando na decisão. Sendo assim, a trajetória do comandante acabou sendo encerrada de forma prematura. Em 15 jogos, o técnico acumulou seis vitórias, quatro empates e cinco derrotas, obtendo um aproveitamento de 48,8%. Após o retorno da temporada, o Peixe teve atuações irregulares, resultando na queda no Estadual. Além disso, o português precisou conviver com problemas extracampo, tendo em vista que Everson e Eduardo Sasha entraram na Justiça em busca de rescindirem seus contratos com o clube na época. Para o seu lugar Cuca foi contratado.
4º LUGAR
PAULO BENTO - CRUZEIRO (2016)
Em 2016, o treinador português teve uma rápida passagem pela Toca da Raposa II. Anunciado em 11 de maio daquele ano, ele acabou demitido cerca de dois meses depois, em 25 de julho, por resultados ruins. Bento comandou o Cruzeiro em 17 partidas, pelo Campeonato Brasileiro e pela Copa do Brasil, vencendo apenas seis, empatando três e perdendo outras oito. Ele deixou o clube com aproveitamento de 41%. Se for levada em consideração somente a Série A, o aproveitamento é ainda menor, de apenas 31%. Com Paulo Bento no comando, o Cruzeiro ficou um mês sem vencer na competição por pontos corridos. A única vitória do Cruzeiro dentro de casa, sob comando de Bento, aconteceu na 11ª rodada, contra o Palmeiras. O treinador foi substituído por Mano Menezes, na época.
3º LUGAR
RAFAEL DUDAMEL - ATLÉTICO-MG (2020)
Nessa nova leva de treinadores estrangeiros, Rafael Dudamel chegou ao Atlético-MG cercado de expectativas. O treinador venezuelano levou sua seleção local à vitórias surpreendentes em Copa América e Eliminatórias da Copa. No entanto, durou apenas 10 partidas por aqui. Quatro vitórias, quatro empates e duas derrotas. Porém, essas duas derrotas resultaram em duas eliminações precoces, na Copa do Brasil e Copa Sul-Americana. Não deu pra Dudamel em solo brasileiro, que foi substituído por outro gringo: Jorge Sampaoli, na época.
2º LUGAR
VITOR PEREIRA - FLAMENGO (2023)
Apesar da sua passagem pelo Corinthians ter sido estável, levando o time a um quarto lugar no Campeonato Brasileiro e a final da Copa do Brasil, na gávea as coisas desandaram para Vitor Pereira. Mal começou, em janeiro, o Flamengo perdeu a final da Supercopa do Brasil para o Palmeiras por 4 a 3, no Mané Garrincha, em Brasília. Em fevereiro, mais eliminações. O sonho do Mundial ficou pelo caminho. O Rubro-Negro foi eliminado pelo Al Hilal na semi, por 3 a 2, no Marrocos. Terça, 28 de fevereiro. Mais de 70 mil torcedores no Maracanã. Derrota nos pênaltis, para o Independiente Del Valle, por 5 a 4, na Recopa Sul-Americana. Eliminação na Taça Guanabara (o primeiro turno do Cariocão), em março, na derrota de 2 a 1 para o Fluminense. E, por fim, no dia 9 de abril o Flamengo perdeu a final do Campeonato Carioca, de novo para o Fluminense, por 4 a 1.
1º LUGAR
RICARDO GARECA - PALMEIRAS (2014)
Técnico do Vélez Sarsfield (ARG), e ex-treinador da Seleção Peruana, Ricardo Gareca teve breve passagem pelo Palmeiras em 2014. Se com o selecionado do Peru o trabalho teve sucesso, e no time argentino vem sendo estável, Ricardo não teve o mesmo retrospecto no time brasileiro. O treinador permaneceu no cargo do clube alviverde por quase três meses até ser demitido na gestão do ex-presidente Paulo Nobre. Com o comandante, também deixaram o clube o preparador físico Néstor Bonillo e o auxiliar técnico Sergio Santín. Na ocasião, a principal justificativa da direção foram os resultados insustentáveis. Na edição de 2014 do Campeonato Brasileiro, o técnico somou apenas quatro pontos de 27 possíveis. Em nove partidas no torneio, foram sete derrotas, um empate e uma vitória. Ao todo, Gareca comandou o Palmeiras em 13 jogos, incluindo três duelos pela Copa do Brasil e um amistoso pela Copa EuroAmericana, somando um aproveitamento de 33% com quatro vitórias, um empate e oito derrotas. Na época, Alberto Valentim foi o escolhido para assumir a equipe no seu lugar de forma interina.