Por Yago Rédua
Destaque da Professional Fighters League (PFL) em 2018, quando ficou com o título dos pesados e o prêmio de US$ 1 milhão, Philipe Lins vai, enfim, estrear no Ultimate. O brasileiro tem confronto marcado com o ex-campeão dos pesados Andrei Arlovski na próxima quarta (13), pelo UFC, na Flórida (EUA).
Em conversa com a TATAME, “Monstro”, como é conhecido, confidenciou uma “ansiedade gostosa” para estrear na principal organização de MMA do mundo. Além disso, contou que o fato de não lutar desde dezembro de 2018, tem aumentado ainda mais a vontade de entrar em ação.
- Aquela ansiedade boa e gostosa. Estou aproveitando esse momento, que é um sonho se tornando realidade. Faz um ano e alguns meses que eu não luto. Então, não vejo a hora de voltar ao trabalho e representar as pessoas que gosto e torcem por mim quando estou lá dentro do octógono. Estou doido para mostrar o meu trabalho aqui no UFC - contou o brasileiro, afirmando que existe, sim, uma pressão por ser campeão da PFL.
- Existe essa pressão. Eu fiz grandes lutas (na PFL), fui campeão, as pessoas querem ver como vou me sair no UFC. A minha contratação pelo Ultimate veio na hora certa. Eu evolui o meu jogo muito na ATT, estou pronto para fazer a minha estreia no UFC e realizar grandes combates. Eu sempre busco bastante as lutas e gosto de finalizar antes de três rounds - analisou.
O UFC 249 marca o retorno da primeira grande liga esportiva global em meio à pandemia do novo coronavírus. Philipe comentou sobre como foi a preparação na American Top Team, nos Estados Unidos, e afirmou que tomou cuidado com a higiene para também proteger a sua família.
- Estamos vivendo esse momento sem precedentes na história. A ATT está fechada, mas eles deram esse suporte para os atletas que estão com lutas marcadas, para que fizéssemos treinos com um professor ou um parceiro. Sempre com bastante higienização - disse o brasileiro.
Já a respeito do seu oponente, Arlovski, que é um velho conhecido do fã de MMA, Lins pregou respeito. O brasileiro se mostrou honrado por enfrentar o ex-campeão, mas analisou os pontos fracos do oponente. O bielo-russo perdeu quatro das últimas cinco lutas no UFC.
- O Arlovski é um cara que deve ser respeitado, enfrentou os melhores pesos pesados da história. É uma honra lutar com ele. Eu gosto da trocação e vejo uma brecha que é o jogo de chão dele. Vou tentar usar isso para sair vitorioso, mas se a minha mão entrar, quem sabe vem um nocaute - concluiu.
Aos 34 anos, Philipe é dono de um cartel com 14 vitórias e três derrotas. Além da PFL, o brasileiro tem passagens pelo Bellator e Bitetti Combat. “Monstro” chega ao UFC com quatro vitórias seguidas.