No último dia 13 de julho, Florianópolis, em Santa Catarina, recebeu o primeiro Campeonato Brasileiro de Jiu-Jitsu Paradesportivo. O evento realizado pela JJPN (Jiu-Jitsu Paradesportivo Nacional) no Hotel Internacional Canasvieiras foi um marco para a modalidade, reunindo 121 inscritos divididos em 18 classes funcionais de deficiências.
Foram diversos campeões e campeãs consagrados, uma delas, inclusive, trans, ressaltando o apoio a diversidade, apesar de algumas críticas. - Foi um caso interessante. Como a gente se propôs a ser um evento totalmente inclusivo, nada mais inclusivo do que uma pessoa paratleta e trans - afirmou Daniel Borges, fundador da JJPN e responsável pelo evento.
Ainda segundo ele, o Brasileiro de 2020 já está confirmado. Antes, porém, a organização irá realizar o primeiro Sul-Americano de Jiu-Jitsu Paradesportivo, neste ano. Sobre o Brasileiro 2019, que contou com o apoio das autoridades locais de Santa Catarina, Daniel completou.
- O desafio de fazer a primeira competição de Jiu-Jitsu exclusiva para paratletas foi grande. Para as próximas edições teremos muitas melhorias, com certeza, a partir desse aprendizado. Foi tudo um grande aprendizado, reunir tantos paratletas juntos (121), foi também um desafio logístico. Porém, proporcionar aos envolvidos uma competição onde todos os olhares e lentes estavam focados neles, foi incrível. Os paratletas puderam ser as estrelas, ter a atenção merecida por toda resiliência e superação que cada um teve para chegar ali. O Parajiu-Jitsu certamente cresceu muito depois desta competição. Agora paratletas podem lutar com atletas sem deficiência nas mais diversas federações e campeonatos, fazendo crescer a categoria e também as competições exclusivas - encerrou o organizador.