Brasileiro vibra após faturar US$ 1 milhão: ‘Vou fazer o dinheiro render’
Campeão em GP da Professional Fighters League, Natan Schulte fala sobre longa caminhada até a final do torneio, prêmio de 1 milhão de dólares e futuro no MMA
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Por Mateus Machado
Natan Schulte, sem dúvida alguma, vive o momento mais especial de sua carreira. No último dia 31 de dezembro, o brasileiro enfrentou o russo Rashid Magomedov na final do GP peso-leve da PFL (Professional Fighters League) e, após cinco rounds de um duelo bem disputado, saiu vencedor por decisão unânime, sagrando-se campeão e faturando o grande prêmio de 1 milhão de dólares da organização.
Sua caminhada, no entanto, não foi nada fácil. Só em 2018, Natan entrou em ação em cinco oportunidades, e em uma das ocasiões, no dia 13 de outubro, enfrentou dois adversários na mesma noite, quando garantiu sua vaga na grande final. O lutador de Santa Catarina classificou a experiência como a "mais difícil" durante sua caminhada rumo ao título do GP de sua categoria.
- Acho que o momento mais difícil foi quando eu fiz duas lutas na mesma noite (contra Johnny Case e Chris Wade, no dia 13 de outubro), porque fazer duas lutas é meio imprevisível, já que você pode se machucar na primeira luta, tem que saber dosar certas coisas, pensar na próxima luta, mesmo sem ter certeza da primeira vitória. Foi uma experiência bem diferente - disse o lutador, em entrevista à TATAME.
Confira a entrevista na íntegra com Natan Schulte:
- Análise da vitória contra Magomedov
Como eu sabia que ele era um cara duro, difícil de colocar para baixo, difícil de finalizar e também com um queixo duro, eu tinha que fazer uma luta segura para eu vencer nos pontos, e se viesse nocaute ou finalização, com certeza seria mérito. Mas isso foi uma estratégia minha, ganhar round a round, e deu tudo certo, graças a Deus.
- Luta contra um atleta da mesma equipe
Eu já tinha lutado com o Jason High, que era da mesma equipe, só que atualmente ele não está treinando mais com a gente, mas o Jason já tinha sido um cara que eu tinha treinado algumas vezes, principalmente Jiu-Jitsu. Mas o Rashid, como foi um cara que eu treinei e a gente já conhecia o jogo um do outro, poderia ser mais fácil, mas difícil também, depende do ponto de vista de cada um. Eu consegui explorar bem o que eu sabia que poderia dar certo. Foi um duelo bem disputado, mas acredito que a minha estratégia se sobressaiu e foi determinante para o resultado.
- Qual é a sua avaliação sobre o formato adotado pela PFL?
O formato de GP é engraçado, porque eu enfrentei um cara que eu lutei na primeira luta, que foi o Chris Wade, e depois tinha a possibilidade dele me ganhar e passar para a final, sendo que eu o enfrentei e o venci na primeira luta, lá atrás. É um formato diferente, com certeza, mas gostei dele, me adaptei. É um formato de GP, você tem que lutar bem, não se machucar, e precisa estar em plena forma até o final. Mas eu curti muito o formato, porque você tem suas lutas garantidas, o que não acontece em outros eventos... Eu cheguei a fazer só três lutas em três anos, e isso é muito ruim para o atleta. Com esse formato, você luta e tem seus combates garantidos.
- O que pretende fazer com o grande prêmio de 1 milhão de dólares?
Eu ainda não tenho certeza sobre o que vou fazer com o dinheiro, mas eu quero investir e fazer ele render, trabalhar para mim (risos). Mas ainda não sei, porque ainda estou pesquisando algumas formas de investimento nesse dinheiro.
- Futuro no MMA
O contrato é renovável quando se é campeão, então, teoricamente, tenho mais um ano de contrato com a PFL. Mas eu ainda não sei o que vou fazer, se vou continuar na organização, estou conversando com a minha equipe para decidir o meu próximo passo.
- Qual foi o momento mais difícil desde o início do GP?
Acho que o momento mais difícil foi quando eu fiz duas lutas na mesma noite (contra Johnny Case e Chris Wade, no dia 13 de outubro), porque fazer duas lutas é meio imprevisível, já que você pode se machucar na primeira luta, tem que saber dosar certas coisas, pensar na próxima luta, mesmo sem ter certeza da primeira vitória. Foi uma experiência bem diferente.
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