Praticada no Rio de Janeiro desde a época do Brasil Colônia, a capoeira, em todas as suas modalidades, agora é patrimônio cultural carioca. A arte que mistura dança e luta também ganhou a sua própria semana no calendário oficial da cidade.
Autor dos projetos de lei nº 474/2013, que inclui a capoeira no calendário, e 475/2013, que a reconheceu como patrimônio imaterial, o vereador Marcelo Arar destacou a importância dessa manifestação cultural e lembrou do passado de repressão vivido pelos capoeiristas.
"Corrigimos um erro histórico. No passado a capoeira era muito discriminada, chegou até ser proibida por lei no Brasil e agora, através de uma nova lei, exaltamos o valor da capoeira em nossa cidade, reconhecemos a cultura e arte da capoeira para que nunca mais na história ela seja novamente criminalizada. Capoeira é história, capoeira é cultura, capoeira é resistência", declarou Arar.
Desde 2014, a roda de capoeira é reconhecida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como patrimônio imaterial da humanidade. De acordo com o Itamaraty, mais de 70 países têm rodas de capoeira.
Surgida no século 17, a capoeira era praticada no Brasil por escravos africanos como forma de socialização e lembrança das origens. A técnica também era usada por escravos e libertos como forma de defesa pessoal.