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Casos de estupro prejudicam imagem do boxe, dizem atletas: ‘Inadmissível’

LANCE! repercute assunto polêmico com lutadores, que condenam atitude e apontam possível mancha na imagem da nobre arte diante de casos ocorridos nos últimos dias

Juan Nogueira e Evgeny Tishchenko comentaram polêmicos casos de estupro reportados na Rio-2016
imagem camera(FOTO: AFP)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 08/08/2016
20:24
Atualizado em 09/08/2016
08:24

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O segundo caso de estupro envolvendo um lutador de boxe na Vila Olímpica durante a Rio-2016 provocou repressão por parte de diversos atletas. Durante o terceiro dia de competições da nobre arte, pugilistas comentaram a notícia de que o atleta de 22 anos Jonas Junias, representante da Namíbia, foi preso pela Polícia Civil após abusar de uma camareira. A informação foi reportada pela rádio CBN. É o segundo caso envolvendo competidores do boxe na Olimpíada.

Apesar do foco na competição que acontece por uma medalha de ouro, alguns atletas de nacionalidades diferentes ficaram sabendo do ocorrido apenas durante as entrevistas pós-luta, como no caso do venezuelano Gabriel Maestre, que está nas quartas de final pela categoria até 69kg.

- Olha, eu não posso responder por eles, estou focado na competição, nem sabia dessas situações. É com minha preparação que devo focar. Mas fica uma imagem ruim, muito ruim. Que eles paguem pelo que fizeram. Não vieram para o Rio para competir. É lamentável. Não estou interessado no que está acontecendo fora da Olimpíada. Estou concentrado na luta. Mas como lutador é algo muito feio e eles devem pagar pelo que fizeram - comentou.

Campeão mundial em 2015 e classificado para as quartas de final após bater o brasileiro Juan Nogueira na decisão dos juízes, Evgeny Tishchenko também condenou a atitude dos atletas envolvidos em casos de estupro.

- Eu ouvi a respeito e acho isso inapropriado. Isso é péssimo para a imagem dos boxeadores. Claro que isso deixa uma marca negativa no boxe. Fico muito desapontado com isso - afirmou.

Ao contrário do russo, Juan Nogueira, que foi eliminado pelo campeão mundial, acha que os acontecimentos não afetam a credibilidade e a imagem do esporte. Mas em relação a uma possível punição severa aos acusados o atleta tupiniquim adota o mesmo tom.

- Acho que para o boxe não influencia em muita coisa, não. Infelizmente foi no boxe (que aconteceu), mas poderia ser em qualquer outro esporte. Eram lutadores estrangeiros, não eram brasileiros, É um crime que, se for comprovado, tem de ser penalizado em qualquer lugar do mundo. Isso é inadmissível - ponderou.

Se por um lado pugilistas preferem pedir punição aos acusados, há atletas que estão mais interessados em mostrar "o lado bom do boxe" com suas performances, como no caso do colombiano Yurbejen Martinez, também classificado para as quartas de final, mas pela categoria até 49kg.

- Afeta bastante a imagem do boxe, isso não deveria acontecer. Fico muito triste por ele, mas aqui (na competição) estamos mostrando o lado bom do boxe, com um boxeador como eu - concluiu.

Além do caso de Jonas Junias, que era esperado para estrear na Olimpíada Rio-2016 nesta quinta-feira, o marroquino Hassan Saada, também de 22 anos, também foi preso após abusar de uma camareira na Vila Olímpica e está preso.

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