Cirurgião plástico Daniel Botelho explica como lutadores de MMA podem recuperar a forma e a função após sofrerem lesões graves

Com o avanço da medicina, é possível ver cada vez menos atletas com deformidades decorrentes das lutas

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A prática de artes marciais mistas (MMA) tem se tornado cada vez mais popular. Os lutadores são conhecidos por seus corpos esculturais e habilidades impressionantes, porém os riscos de acidentes envolvidos no esporte são muito grandes. Atletas como Alistair Overeem, Ronda Rousey, Deiveson Figueiredo, Julianna Peña e muitos outros são exemplos de lutadores que precisaram realizar cirurgia plástica após sofrerem graves lesões.

O cirurgião plástico Daniel Botelho explica que quando um lutador sofre uma lesão grave, a cirurgia plástica pode ser uma opção para restaurar a aparência e a função física.

"Os lutadores de MMA enfrentam contusões com frequência, o que é muito prejudicial não só para a sua fisionomia, mas também para sua performance dentro do ringue. Por exemplo, lesões no rosto podem afetar a respiração, a fala e a visão, enquanto nos membros podem afetar a mobilidade. Nesses casos, a cirurgia plástica pode ser uma opção para restaurar a forma e a função", comenta.

Mas, segundo o especialista, a cirurgia plástica não deve ser vista como uma solução rápida ou mágica, e é importante que o lutador esteja em boa saúde geral e que tenha um tempo adequado para se recuperar da cirurgia antes de retornar aos treinamentos e competições.

“A recuperação varia conforme a gravidade. Os procedimentos podem ser simples, como a sutura de uma laceração, ou mais complexos, como a reconstrução de uma fratura ou a correção de uma deformidade. O tempo de recuperação pode variar de algumas semanas a alguns meses, depende da gravidade da lesão e do tipo de procedimento realizado”, explica.

"Após o tempo de recuperação, muitos lutadores optam por procedimentos como rinoplastia, otoplastia ou blefaroplastia, para melhorar a aparência do rosto e recuperar a autoestima", completa.

O cirurgião orienta que é importante que a decisão de realizar a cirurgia seja tomada com cuidado e em conjunto com a equipe médica e de treinamento do lutador.

“A recuperação pós-cirúrgica também deve ser levada a sério para garantir a melhor forma e função possíveis. Os lutadores devem se concentrar em cuidar de sua saúde mental e emocional, bem como de seu corpo físico. Existem outras opções, como fisioterapia e terapia ocupacional, que podem ser eficazes para ajudar na recuperação”, conclui.

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