Desafio Open Boxe entre Rio e São Paulo acontece nos dias 7 e 8 de julho
Evento conta com a participação do atleta olímpico Patrick Lourenço, entre outros
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O bom momento do boxe brasileiro, afiando as mãos de grandes pugilistas e sendo uma ferramenta social de inclusão, terá mais um capítulo bonito a ser escrito no primeiro fim de semana de julho - dias 7 e 8. A segunda edição do Open Boxe Desafios Estaduais de seleções reunirá as Federações do Rio de Janeiro e São Paulo. O projeto, idealizado por Cesário Figueiredo, presidente da Federação de Boxe do Estado do Rio de Janeiro (FBERJ), visa a integração nacional do esporte.
O show vai começar antes mesmos dos pugilistas subirem ao ringue. Uma homenagem da FBERJ será realizada para Cláudio Coelho, da Nobre Arte, exponencial nome do boxe nacional que realiza seu projeto social "Meninos do Boxe" dando diretriz disciplinar, social e esportiva aos jovens, majoritariamente do Cantagalo, onde é o quartal-general do boxe carioca. E a ilustre presença do primeiro medalhista olímpico da história do Brasil, Servílio de Oliveira, que em 2018 festejará o cinquentenário do bronze conquistado no México.
Dentre os pugilistas mais conhecidos estarão no ringue pelo Rio de Janeiro os atletas Patrick Lourenço, que esteve na seleção nacional olímpica no ano passado, o ex-seleção Roberto Custódio, e por São Paulo o vice campeão continental Jonatas (64Kg) e Luis Gabriel de Oliveira, campeão paulista na categoria 52Kg, treinado pelo pai, Ivan de Oliveira, que detém o título de técnico mais jovem da história do boxe a tornar-se campeão mundial ao instruir Sertão, em 2006, nos Estados Unidos.
- A Federação Paulista mantém contato com a Federação do Rio de Janeiro e este convite é muito importante para dinamizar o boxe no país. Essa integração, projeto do presidente Cesário, é um grande workshop que será realizado justamente no momento de ascensão do boxe nacional. Até o papai animou-se para vir ao Rio de Janeiro e este encontro com o Cláudio Coelho será um momento histórico - diz Ivan de Oliveira.
Pelo lado fluminense, os motivos não faltam para comemorar pelas feitorias. Depois de não possuir uma sede própria há 15 anos, a FBERJ estará com seu espaço garantido na Arena 3 do Parque Olímpico que levará o nome de Mestre Cláudio Coelho. O espaço será inaugurado no primeiro dia do próximo mês com uma aula convidativa pelo próprio Cláudio Coelho - aula beneficente para o projeto Meninos do Boxe do Morro do Cantagalo. Além da conquista costurada por Maurício Pinto, gestor da arena, junto ao Ministério dos Esportes e Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, a FBERJ ainda conta com dois atletas cariocas na seleção nacional - Wanderson e Luan, ambos da categoria 60Kg - e uma agenda definida de eventos nacionais com demais federações estaduais do país. São Paulo é a segunda convidada. A primeira foi Minas Gerais.
O boxe do Rio de Janeiro tem motivos para festejar os últimos acontecimentos. Estamos acompanhando uma ascensão do boxe brasileiro no mundo. Após o hiato desde a conquista de Servilio até o surgimento de Acelino Popó Freitas, o Brasil ressurgiu como Fênix. Depois das medalhas olímpicas dos irmãos Falcão e a ratificação do ouro com o Robson Conceição, as perspectivas são muitas. Este ano a seleção nacional teve um grande resultado na 55ª edição do Belgrado Winners e a renovação que vem acontecendo é sempre motivadora para os atletas. Se não fizermos grandes campeões do ringue, faremos maiores ainda como campeões da vida", diz Cesário Figueiredo.
Ilustre presença
Após 15 anos sem visitar o Rio de Janeiro o primeiro medalhista olímpico no boxe e o décimo quarto atleta brasileiro da história a subir no podium vem abrilhantar o evento. A vinda de Servilio de Oliveira, que nasceu em 1948, ano que o boxe brasileiro estreou nas Olimpíadas, será um fator motivante para os jovens pugilistas. Segundo Servilio de Oliveira, o boxe precisa ter a atenção necessária pelo fato de colocar 44 medalhas olímpicas em disputa e também por ser uma ferramenta social muito valiosa.
- Nos últimos anos a partir de 2004 o investimento no boxe poderia ter sido muito maior depois da aprovação da Lei Piva em 2001. Os investimentos na modalidade foram aquém das expectativas tendo em vista o vasto incentivo governamental que foi dado aos Esportes no país. Nos últimos cinco anos poderíamos ter conquistado mais medalhas olímpica. Foram apenas quatro medalhas. Vamos aguardar os Jogos Olímpicos de Tóquio para aumentar o número de pugilistas que colocam a medalha no peito e faça a bandeira brasileira ser hasteada - diz Servilio, que ano que vem comemora 50 anos da conquista do bronze nas Olimpíadas do México, acrescentando em tom extrovertido que os aztecas conheceram a força do boxe brasileiro antes mesmo do tricampeonato da Copa do Mundo em 1970.
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