‘Dr. faixa-preta’ fala de sua paixão por artes marciais e Medicina; veja
Rogério Padovan começou nas artes marciais ainda com 4 anos, e hoje é faixa-preta de Caratê, azul de Jiu-Jitsu, além de possuir uma trajetória consolidada na Medicina
Por Mateus Machado
Uma vida baseada em artes marciais e uma trajetória de sucesso como médico. Assim pode ser "resumida" a história de Rogério Padovan. Ao longo de sua vida, o paulista sempre conciliou com maestria as rotinas como lutador e profissional de Medicina, no entanto, a primeira paixão foi pelas artes marciais. Com apenas 4 anos de idade, Rogério iniciou sua "vida marcial" no Judô e logo depois, partiu para o Caratê, onde hoje é faixa-preta, como conta a seguir.
- Eu comecei aos quatro anos de idade no Judô, porque eu era uma pessoa muito ativa, um moleque muito agitado (risos), e eu queria sempre Caratê, só que eu não podia praticar aos quatro anos. Daí, eu fiz Judô dos quatro aos sete anos, e aos sete, entrei no Caratê e me consagrei faixa-preta com 19 anos de idade. No Caratê, eu sou 2º dan pela Confederação Brasileira de Caratê. Um ponto interessante é que eu fui cinco vezes campeão brasileiro de Caratê, lutei pelo Vasco da Gama, fui oito vezes campeão regional, disputei vários jogos abertos, vários jogos regionais e lutei o Caratê até o meu sexto ano de Medicina, quando me consagrei campeão brasileiro universitário. Tive convocação para dois Mundiais e me formei como médico - detalha Padovan.
Os sonhos sempre estiveram presentes na vida de Rogério, e um deles era fazer parte da Força Aérea Brasileira (FAB). Além disso, prestou concurso para as Forças Armadas, passou, mas sua vontade e sonho o levaram para a FAB. Com a medicina já estabelecida em sua vida, Padovan seguiu firme nas artes marciais, e neste período, conheceu o Boxe, outra grande paixão atualmente.
- Meu sonho era ser da Força Aérea Brasileira. Prestei concurso para residência médica em cirurgia pelas Forças Armadas e passei nos dois. Fui para a Força Aérea Brasileira me tornar segundo tenente médico, e logo em seguida, fui para Ribeirão Preto, no qual fiz três anos de residência em cirurgia geral pela Santa Casa. Nessa época, comecei o Boxe, lutei na Gazeta e acabei me tornando amador de Boxe, que é outra arte marcial que eu amo bastante. Vim para São Paulo, terminei a nutrologia em Ribeirão Preto e passei em vários concursos como cirurgião (nessa época eu ainda continuava no Boxe).
Além de sua carreira na Medicina e nas artes marciais, Rogério Padovan resolveu "embarcar" em outra aventura. Em 2005, o paulista fez parte da 5ª edição do reality show "Big Brother Brasil", onde, em meio a nomes como Grazi Massafera e Jean Willys, se destacou e se tornou muito popular, sendo lembrado até hoje por sua passagem no programa.
- Eu fui para o Big Brother Brasil em 2005. Eu já era médico e cirurgião e fui para o BBB. Foi uma passagem sensacional na minha vida, porque eu fiquei muito conhecido. Acho que, na vida, a capacidade e a oportunidade são dois pilares básicos da sorte. Acho que “sorte e azar” é desculpa de fracassado, porque mais importante que capacidade, é ter oportunidade. E eu fiz duas belas especializações, cirurgião na Santa Casa e nutrologia na USP, e tive a oportunidade de estar no programa, onde acabei conhecendo muitos artistas, e o meio Global, que até hoje me favorece na medicina - lembrou.
Nos dias atuais, mais experiente em todos os sentidos da vida, Rogério Padovan realizou mais um sonho. Em São Paulo, montou o seu próprio núcleo em medicina especializada, que abrange médicos, nutricionistas e fisiologistas. Além disso, é praticante de diversas artes marciais, e além do Judô, Caratê e Boxe, adicionou o Jiu-Jitsu em sua vida, onde atualmente é faixa-roxa da arte suave. Tal trajetória em diversos esportes, junto com seus atributos na Medicina, levaram Rogério a trabalhar com lutadores do UFC, maior evento de MMA do mundo, além de outros atletas olímpicos.
- Depois do BBB, eu vim para São Paulo, operando como plantonista na emergência. Logo na sequência, abri um consultório de nutrologia, e de 2007 para cá, eu fiz nutrologia esportiva, medicina do esporte, me especializei mais nessa área, que é a medicina do esporte. O meu sonho era ter um núcleo, um espaço de alto rendimento, e graças a Deus, eu consegui montar aqui na Zona Norte de São Paulo, perto do Campo de Marte, o Núcleo Padovan, que abrange hoje médicos, nutricionistas e fisiologistas que trabalham nessa área de alto rendimento e, principalmente, emagrecimento, qualidade de vida e bem estar. Hoje, me sinto um cara bem realizado e comecei o Jiu-Jitsu em SP, em meados de 2009. Fazia e parava, fazia e parava, e só continuava com o Boxe. Na faixa-branca, eu fui campeão paulista de Jiu-Jitsu, na faixa-azul eu fui campeão da Confederação de Abu Dhabi e, com certeza, final do ano devo ser faixa-roxa já. As artes marciais na minha vida sempre foram um presente. Sou faixa-preta de Karatê há mais de vinte anos, e foi algo que me deu muita hierarquia e disciplina, e também o autocontrole para a própria vida. Esse ano realizei, um grande sonho. Eu coordeno vários atletas do UFC e vários atletas olímpicos, e esse ano acabei sendo corner e médico no maior evento de luta do mundo, no UFC Utica, em Nova York. As artes marciais são minha terapia, que me levam para o alto rendimento, autocontrole, para lidar melhor com meus pacientes.
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