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Hipnose pode ser complementar ao treinamento de lutadores, afirma hipnoterapeuta Rafael Barreiros

Técnica pode ajudar a regular desenvolvimento físico e emocional

(Foto: Arquivo Pessoal)
Rafael Barreiros é especialista em hipnoterapia para atletas de alto rendimento (Foto: Arquivo Pessoal)

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A hipnoterapia pode ser uma grande aliada dos atletas na busca pelo rendimento em alto nível, alinhando corpo e mente. Segundo o hipnoterapeuta Rafael Barreiros, que trabalha com jogadores de futebol, fisiculturistas e lutadores, muitos atletas podem ter o estado físico perfeito, mas uma mente que ele chama de tóxica. Essa falta de equilíbrio pode gerar ansiedade, o que afeta a busca pela alta performance.

“O primeiro passo a ser feito é deixá-lo bem com suas emoções. Depois é que nós alinhamos aquelas emoções tóxicas do passado, que geram medo, ansiedade e insegurança, e partimos para os outros benefícios da hipnose. Nesse momento, começamos a potencializar aquilo que o atleta já faz com maestria”, explica Barreiros.


Para tanto, ele utiliza uma técnica chamada de âncora. Ela consiste em vincular uma condição emocional a um gesto ou música. Ou seja, é como se ele criasse um novo gatilho, mas que seja benéfico ao paciente.

“A técnica funciona da seguinte maneira: todas as vezes em que o atleta escuta determinada música, o corpo dele imediatamente dispara adrenalina e sensações de euforia. Esse tipo de trabalho é feito com determinada música que o atleta escuta antes de entrar na competição. Assim, ele já se sente mais preparado que o adversário logo no início”, explica Barreiros.

Ela ainda complementa que outro tipo de âncora é por meio de gestos.

“Em algum momento esse atleta já está cansado e faz um gesto. Esse gesto, na mesma hora, dá um combustível a mais, como uma explosão de adrenalina”.

O hipnoterapeuta também procura trabalhar o medo entre os praticantes de esportes.

“É preciso entender que o medo é algo natural do ser humano. Para alguns, um grau mais intenso do que para outros”, afirma.

Ele explica que há situações em que esta emoção pode ajudar, como o receio de uma lesão que comprometa a sua saúde física ou até mesmo a sua vitória, o que faria o competidor agir com mais cautela.

“Logo, não temos que inibir o medo, o atleta precisa aprender a canalizar essa energia”.

Ele ressalta que o cérebro gasta muita energia quando está com medo, já que se cria uma situação de lutar ou fugir. Nesse sentido entra a hipnose, que fará com que o atleta se mantenha em alerta, mas que consiga impulsionar a energia para a performance na competição.

“Adrenalina e medo têm a mesma resposta física. Saber direcionar para onde é necessário e se deseja é a cereja do bolo de um atleta de alta performance”.

Portanto, a chave para quem busca alto rendimento é sincronizar o desempenho físico com o estado emocional.

“A dica para todos os atletas é: você chegará no topo se sua mente quiser que você chegue no lá. Fazer ela cooperar com o processo, além de facilitar, deixa muito mais leve a caminhada”.

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