Por Mateus Machado
Sem lutar desde julho de 2019, John Allan não vê a hora de entrar em ação no octógono do Ultimate. Inicialmente, seu confronto diante de Roman Dolidze estava marcado para o próximo sábado (21), no card do UFC 255, no entanto, por questões de logística, a organização remanejou o embate para o próximo dia 5 de dezembro, no card do UFC on ESPN 19, que vai acontecer em Las Vegas, nos Estados Unidos. Com uma luta feita pela companhia até o momento, diante de Mike Rodriguez, o brasileiro quer mostrar seu potencial e, aos poucos, se estabelecer na categoria meio-pesado.
O longo tempo inativo do Ultimate serviu para que o curitibano tivesse uma preparação adequada visando seu retorno à companhia. Na Chute Boxe, John esteve diariamente treinando com Jennifer Maia, que no próximo sábado (21), vai disputar o cinturão peso-mosca do UFC contra a atual campeã da categoria, Valentina Shevchenko, no co-main event do UFC 255. Em entrevista à TATAME, Allan não poupou elogios à sua companheira de equipe e deixou um palpite positivo para o importante desafio que a brasileira terá pela frente.
- A Jennifer (Maia) está voando, está no auge da sua forma técnica, física e psicológica. Ela abraçou essa oportunidade como a última da vida, e tenho certeza que ela vai surpreender o mundo no próximo sábado. Nós fizemos todo esse camp juntos, e eu pude ver e acompanhar o quanto ela está focada e determinada. Essa luta contra a Valentina Shevchenko não dura cinco rounds e eu aposto em um nocaute ou finalização da Jennifer - projetou.
Ao longo do bate-papo, John Allan falou sobre sua preparação visando a luta contra o invicto Roman Dolidze, fez uma breve análise do seu oponente e falou sobre seus planos e expectativas para o ano de 2021.
Veja a entrevista na íntegra:
– Como foi toda a preparação visando o confronto diante do Roman Dolidze?
Essa foi, sem dúvida, a melhor preparação que já fiz em toda minha carreira. Apesar da pandemia, consegui chegar na minha melhor forma física, técnica e psicológica durante esse período difícil que passamos. Estou ansioso para poder subir no octógono novamente e colocar em prática tudo que venho trabalhando nos últimos meses, e se tudo der certo, fazer uma grande luta e fechar o ano bem.
– Mudança da data da luta do dia 21 de novembro para 5 de dezembro
Essa mudança pegou a gente de surpresa, pois nossa programação já estava toda visando o dia 21, onde eu lutaria no mesmo dia que minha parceira de treino, Jennifer Maia, então, toda equipe já havia se programado para isso. Na questão da parte da luta, não houve muita mudança, na verdade, ganhamos mais duas semanas de treino, e só tivemos que reorganizar a periodização, nada que pudesse prejudicar. A parte chata foi ter que dividir a equipe durante essa reta final, mas nada que possa atrapalhar o resultado final.
– Como você avalia o seu adversário e jogo dele visando a luta do próximo dia 5?
O Dolidze é um bom lutador, um atleta duro, que está invicto na carreira, mas confesso que para mim isso não quer dizer nada. Ele tem algumas brechas em seu jogo, e treinamos todo o camp em cima desses detalhes. É um cara que tem apenas sete lutas na carreira, eu tenho praticamente três vezes mais lutas que ele, então vou usar essa experiência ao meu favor, e tenho certeza que no dia 5 de dezembro sairei com a vitória.
– Após um ano de 2020 impactado pela pandemia, quais são seus planos para 2021?
Em 2021, quero lutar o máximo possível. Eu não escolho luta, então quem o evento me oferecer, eu vou lutar. Então, depois dessa luta do dia 5 de dezembro, quero tirar um tempo para descansar meu corpo e minha mente, que foram muito exigidos nesse camp para a luta contra o Dolidze, mas já estarei pronto para lutar no primeiro trimestre de 2021.Quero renovar meu contrato com o evento, buscar estabilidade na organização, e até o fim do ano, poder enfrentar um atleta que esteja no Top 15 da categoria meio-pesado.
– Elogios a Jennifer Maia, que vai disputar o cinturão peso-mosca no próximo sábado (21)
A Jennifer (Maia) está voando, está no auge da sua forma técnica, física e psicológica. Ela abraçou essa oportunidade como a última da vida, e tenho certeza que ela vai surpreender o mundo no próximo sábado. Nós fizemos todo esse camp juntos, e eu pude ver e acompanhar o quanto ela está focada e determinada. Essa luta contra a Valentina Shevchenko não dura cinco rounds e eu aposto em um nocaute ou finalização da Jennifer.