Por conta do descontrole dos casos de coronavírus, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decretou no último domingo (24) a proibição da entrada de pessoas não americanas vindas do Brasil. O decreto, que passou a vigorar às 23h59 de terça-feira (26), pegou de surpresa lutadores e treinadores brasileiros residentes no país e esfriou diversas negociações de combates nas próximas edições do UFC.
- Tomamos um susto com essa notícia. Estávamos muito animados com a volta do UFC e já em conversas avançadas com os matchmakers do evento. Mas agora as negociações deram uma congelada. Fica uma certa incerteza, porque não sabemos o quanto vai durar. Porém, entendo a decisão do Trump, nessa hora cada um tem que cuidar do seu país e do seu povo. Vivemos praticamente um nova guerra mundial nessa batalha contra o coronavírus - disse Diego Lima, treinador da Chute Boxe São Paulo.
Líder de umas das principais equipes de MMA do Brasil, Diego revelou que por conta das negociações com o Ultimate, a Chute Boxe SP já estava planejando o retorno à rotina de treinos, interrompidos desde o início das políticas de isolamento social.
- Nós estávamos conversando para voltar a treinar, justamente por conta do UFC. Mas vou fazer uma nova reunião com meus atletas para decidir quando e como faremos esse retorno. Agora é esperar uma segunda ordem. Torço para que não demore muito. Enquanto isso, temos que manter a calma, organizar os treinos e esperar o que vai ser decidido em relação a esse trânsito internacional - afirmou Lima.
O treinador também comentou o sétimo lugar de Charles do Bronx na mais recente atualização do ranking dos pesos-leves (até 70kg) do UFC e projetou duelos do seu pupilo contra Conor McGregor ou pelo cinturão da categoria, que hoje está nas mãos do russo Khabib Nurmagomedov.
- O Charles poderia estar melhor posicionado. Ele vem de sete vitórias consecutivas, sem deixar nenhuma nas mãos dos juízes. Já passou da hora do Charles ir para as cabeças e lutar até mesmo pelo próprio cinturão. Pelo o que o Do Bronx representa para o UFC, pela história dele, pela quantidade de vitórias e por ser um recordista, prestes a bater mais dois recordes, ele está mais do que credenciado. Para mim, o Charles deveria lutar contra o McGregor ou pelo título - concluiu.