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Matchmaker do SFT revela critérios levados em consideração na hora de casar uma luta; confira

Parte da organização desde 2018, Magno Wilson falou sobre os critérios que leva em consideração na hora de escolher um confronto/atleta e os principais desafios do seu cargo<br>

SFT
Magno (ao fundo de rosa) falou sobre o trabalho de matchmaker (Foto: Divulgação SFT)

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O sucesso de uma organização de MMA é definido pelos seus organizadores e lutadores, mas também pelo matchmaker. Responsável pelo casamento das lutas, o matchmaker define quem enfrenta quem e, para isso, precisa acompanhar com afinco tudo o que acontece no cenário do esporte.

No SFT, um dos principais eventos de artes marciais do Brasil, Magno Wilson é o matchmaker de MMA. Parte da organização desde 2018, Magno falou sobre os critérios que leva em consideração na hora de escolher um confronto/atleta e os principais desafios do seu cargo.

- O primeiro desafio atualmente é encontrar atletas com cartéis bons, fazer tops 10 do ranking se enfrentarem. Todo matchmaker não pode pensar no atleta como um conhecido ou amigo. Ele deve se manter neutro para casar a luta mais justa possível para o atleta e a melhor para o show. Sempre tentar casar aquela luta que vai ser excelente para o fã do esporte - disse Magno.

- Hoje selecionamos os atletas através dos rankings do Tapology e do MMA Premium. Eu e o David Hudson (presidente do SFT) analisamos luta por luta, adversário por adversário enfrentado por aquele atleta e sua rede social. Nós temos os mesmos critérios para contratar o atleta. Preferimos derrubar uma luta do que promover ela se não for legal para o atleta. E claro, todos esses critérios são descartados se o atleta não tem um bom histórico de postura profissional - completou ele.

À frente também do Fight Club, evento de MMA amador responsável por formar diversos lutadores brasileiros, Magno Wilson destacou o trabalho de base feito e a parceria com o SFT. Ele ainda citou dois nomes que exemplificam bem esse processo: Luana Santos e Wellington Predador.

- Através do Fight Club conseguimos selecionar os atletas na base, e assim revelamos os novos nomes do esporte como Wellington Predador, Leonardo Buakaw, Luana Santos, Manoel Sousa, entre outros. Junto ao SFT somos o único evento do mundo a trabalhar e acompanhar os atleta desde a base. A Luana e o Predador, em especial, eu acompanho desde o amador, quando eram menores de idade. Sempre casei lutas duras para eles e essa é uma diferença dos lutadores que fazem parte do plantel do SFT.

Por fim, o matchmaker aproveitou para analisar o cenário do MMA brasileiro hoje em dia e ressaltou a raça dos nossos lutadores: - O Brasil tem tudo para realmente ser uma meca do esporte mundial. Temos os atletas mais valentes, raçudos, e ter raça é um fator determinante para ser um lutador de verdade. Mas com a ‘política’ de montar cartel, muito usada no mundo todo, essa virtude está acabando - disse Magno, antes de encerrar.

- Ainda existem alguns lutadores assim e eles estão no SFT, casos do André De Loco, Aleandro Caetano, Leonardo Buakaw, Denis 3D e muitos outros. Hoje, falar que o Brasil tem eventos é complicado, pois creio que o SFT seja o único evento no Brasil a realmente não ter vinculo com atleta e equipe. Os promotores, matchmakers e outros envolvidos precisam ser realmente profissionais - finalizou ele.

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