Após o melhor resultado da história do Boxe brasileiro nas Olimpíadas, a seleção brasileira está em Belgrado, na Sérvia, para o Campeonato Mundial Masculino da AIBA (Associação Internacional de Boxe Amador) 2021, que vai até o dia 6 de novembro.
A delegação foi com 10 atletas, entre eles Abner Teixeira, Keno Marley e Wanderson de Oliveira, que disputaram os Jogos Olímpicos de Tóquio. Dos outros sete, seis fazem a estreia em uma competição internacional no adulto.
Headcoach da equipe, Mateus Alves explicou que a intenção deste mundial é testar os novos talentos para dar início ao ciclo para as Olimpíadas de 2024, em Paris.
- Neste ano, o nosso foco foram as Olimpíadas de Tóquio. Agora, a chave vira para o próximo ciclo. Este mundial pós-olimpíada serve para testes, tanto que a maioria das equipes veio com atletas jovens, promissores, que ainda não tiveram a oportunidade de se testar em grandes eventos. É uma competição fundamental para saber como esses novos talentos se portarão num evento dessa magnitude, com 510 atletas de 88 países, transmissão para toda a Europa e premiação em dinheiro - comenta o treinador.
Por falar em premiação, este é o primeiro evento da história do Boxe amador em que os melhores colocados serão recompensados em dinheiro. Os campeões de cada categoria receberão US$ 100 mil (cerca de R$ 554 mil); os vices, US$ 50 mil (cerca de R$ 277 mil); e os terceiros colocados, US$ 25 mil (cerca de R$ 138 mil).
Para o presidente da Confederação Brasileira de Boxe, Marcos Brito, a novidade é importante para garantir o alto nível da competição e evitar a evasão dos atletas para o Boxe profissional.
- É uma inovação que realmente mexe com a modalidade, basta ver o número de competidores, o tamanho do campeonato. Essa premiação garante a qualidade da competição, porque dá um incentivo a esses jovens, além de um suporte financeiro para que permaneçam na AIBA. O fato da medalha refletir na conquista financeira é bastante interessante para o atleta - frisa o mandatário.