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Nos EUA, faixa-preta brasileiro detalha mudanças causadas pelo Covid-19, mas crê em dias melhores no Jiu-Jitsu

Atleta, de 25 anos, foi recém-graduado à faixa-preta, mora nos EUA e conta como tem sido a rotina de treinos e o ensinamento aos alunos de sua academia em tempos de coronavírus

(Foto: Divulgação)
Diego é faixa-preta de Jiu-Jitsu e defende a bandeira da Double Five (Foto: arquivo pessoal)

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Em momento de crise por conta do novo coronavírus, o mundo atravessa mudanças drásticas em todos os setores. A comunidade do Jiu-Jitsu foi uma das mais afetadas por conta do vírus, responsável pela paralisação dos principais torneios da International Brazilian Jiu-Jitsu Federation (IBJJF) e o fechamento em massa das academias de Jiu-Jitsu nos Estados Unidos, Brasil e Europa, pólos mais importantes da modalidade.

Com a suspensão do Campeonato Pan-Americano e do Campeonato Mundial, agendado para março e maio, respectivamente, como medida de segurança pelas leis da Califórnia, atletas profissionais do Jiu-Jitsu sofreram um baque, já que diversos desses estavam nos ajustes final para competir.

Diego Almeida, 25 anos, é um exemplo. Classificado para o Pan-Americano 2020, em seu primeiro ano como faixa-preta, o brasiliense conta como reagiu com a notícia que impediu seus treinos e, principalmente, a paralisação da sua academia Seeds 13, em San Angelo, no Texas.

- A decisão da IBJJF está correta e segue todo o protocolo de segurança dos Estados Unidos, para evitar aglomerações e que o vírus se espalhe. A nossa comunidade recebeu bem as regras e todos estão se adaptando por conta disso. É triste ficar sem lutar, sim… Mas o melhor, por agora, é continuar focado e colocar fé que isso tudo vai passar - explica Diego, antes de comentar o que tem feito para os seus alunos, neste período de quarentena.

- Eu adoro o mundo digital e isso foi mais fácil para mim. Nós estamos compartilhando acesso online em nossa plataforma e estamos em contato diretamente, via e-mail, troca de mensagens e chamadas de vídeo. Nenhum integrante da minha equipe vai se sentir sozinho nesse tempo. É meu dever prover ensinamento, mesmo que estejamos longe. Falamos tanto sobre como se sentir confortável em situações desconfortáveis, que agora estamos provando na prática! -.

Diego, que é acostumado a uma rotina intensa de treinos, também detalha como está sua vida pessoal neste tempo de “esconderijo”.

- Eu continuo treinando como posso e nunca deixo de lado minha alimentação saudável, parte importante nesse processo que estamos vivendo. Aproveito esse tempo para estudar e fazer meus negócios crescerem. Só saio de casa para comprar comida ou ver como está a minha academia. Acredito em dias melhores e mal posso esperar para ver meus alunos, especialmente, minhas crianças. Eu amo ensinar - encerra o atleta.

Diego, em apenas dois meses como faixa-preta, acumula uma medalha de ouro e duas de pratas em torneios da IBJJF.

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