Pupilo de Cyborg promete fazer ‘barulho’ como faixa-roxa no Jiu-Jitsu
Luccas Lira foi campeão do Mundial sem quimono, no fim de 2019, e inicia sua caminhada na faixa-roxa como um dos destaques da categoria nos principais torneios
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Após construir uma trajetória sólida na faixa-azul e conquistar importantes títulos, como o ouro duplo no Mundial No-Gi no fim de 2019, Luccas Lira foi promovido à faixa-roxa neste mês de agosto. A graduação foi feita por Roberto Cyborg, um dos grandes nomes da história do Jiu-Jitsu competitivo e que é treinador do atleta de 22 anos.
Nascido em João Pessoa, capital da Paraíba, Lira deu seus primeiros passos no Jiu-Jitsu meio que por acaso. O lutador fazia musculação em uma academia, que também tinha aulas de arte suave. Ao iniciar os treinamentos, em um mês já estava competindo e empolgando com a modalidade. No entanto, foi na faixa-azul que aconteceu o “divisor de águas” em sua vida.
- Minha faixa-azul foi o divisor de águas na minha carreira até hoje. Ainda no Brasil, eu sempre buscava competir a nível nacional. Saia de João Pessoa e ia para São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador em busca de lutar os eventos da IBJJF e CBJJ. Lutei dois Sul-Americanos, conseguindo uma medalha de bronze em 2017 e uma de ouro em 2018. No de 2018, eu lembro que lutei o Sul-Americano em São Paulo, na sexta. e o Grand Slam da UAEJJF no Rio, no domingo, quando fui vice-campeão. Depois daquele final de semana, vi meu potencial na faixa-azul e aí fui para os Estados Unidos e acabei conquistando muitos títulos de expressão por lá, ainda como azul - relembrou Lira, que projetou os próximos desafios no Jiu-Jitsu agora como faixa-roxa.
- A minha expectativa para os campeonatos na faixa-roxa são as melhores. Sei do meu potencial e todo campeonato que entro quero ser campeão peso e absoluto. Então, podem esperar eu indo atrás de todos os títulos possíveis nessa nova etapa. Um dos meus objetivos é impactar o máximo de pessoas possíveis positivamente. Outro objetivo é ser campeão mundial em todas as faixas. Vou trabalhar duro para isso - comentou.
Relação com Cyborg
Se o início do Jiu-Jitsu aconteceu por obra do acaso, a relação com Cyborg também nasceu de algo eventual. Lira enfrentou Felipe Porto, atleta do faixa-preta, no World Pro, e deu origem a essa ligação: “Após nossa luta ficamos bem amigos e através dele fui para Miami treinar com o Cyborg. Minha relação com ele foi natural demais, nos demos muito bem e hoje tenho ele como pai e irmão”, relembrou Luccas Lira, que seguiu:
- O Luccas é um atleta muito comprometido e focado. Ficou um bom tempo na (faixa) azul e assim já tem a experiência necessária para levar o Mundial nas suas próximas faixas. Não tenho dúvida que terá os mesmos resultados até à preta. Além de atleta, Lucão e um cara tem tem uma índole muito boa, trabalhador e já está também aprendendo o business do Jiu Jitsu. Com certeza, é mais um líder sendo criado para as futuras gerações. Tenho certeza que já vai chegar fazendo barulho - disse Cyborg à Revista TATAME sobre Luccas Lira.
- Ter o Cyborg como meu mentor e professor é de fundamental importância. A grande maioria das pessoas só conhece o Cyborg que tá ali no tatame lutando e saindo na mão, mas eu conheço o Cyborg pessoa, um cara totalmente alto astral que tá sempre determinado a ajudar e a aconselhar para o bem. Boa parte do meu sucesso devo a ele por tudo que ele me ensinou dentro e fora do tatame. Sou extremamente grato a ele por tudo que fez e faz por mim - concluiu o faixa-roxa, que atualmente treina com Cyborg em Miami.
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