Arte marcial criada pelo judeu-húngaro naturalizado israelense Imi Lichtenfeld para ajudar na defesa de seus pares durante o ativismo anti-semita dos anos de 1940, o Krav Magá é recheado de mitos a respeito de sua história. Entretanto, duas coisas são fatos: a modalidade é, sim, eficiente para a autodefesa; e é um símbolo da luta judaica.
O rabino brasileiro Micha Gamerman exaltou o orgulho que o povo judeu possui em relação à criação de uma arte marcial que até hoje é compartilhada como forma de autodefesa, o que, consequentemente, eleva a autoestima tanto do aluno quanto dos responsáveis pela orgiem da modalidade.
- Temos orgulho porque é uma luta criada pelo nosso povo, principalmente como uma forma de defesa. Ela foi criada para proteger as pessoas na época tensa do nazismo. O povo de Israel é esse que luta pela paz, mas vive a constante guerra e a violência. E por todas as gerações passamos por perseguições e atentados à nossa segurança. É mais do que compreensível esta luta ter origem num berço judaico - lembrou.
Micha Gamerman reforça que não é necessário ser judeu para praticar Krav Magá. A modalidade de defesa pessoal, cada vez mais presentes em academias pelo Brasil, é recomendada a todos aqueles que se sentem inseguros e que precisam de autoconfiança para desempenhar as atividades rotineiras do dia a dia.
- Todos podem praticar. Ela mexe com a motricidade e rapidez humana, deixa as pessoas mais atentas e espertas ao que acontece em sua volta e promove segurança pessoal. Em países onde existem muitas abordagens rápidas de rua, como o Brasil, o estudo de Krav Maga é recomendável e muito importante. Estamos vendo um crescimento muito grande da arte nas academias e ginásios e isso nos orgulha muito -.