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Serafim cita importância do esporte: ‘Tiramos da Cracolândia pro Jiu-Jitsu

Um dos responsáveis pelo "maior projeto social de Jiu-Jitsu do Brasil", segundo ele, ex-lutador de MMA Matheus Serafim fala sobre a importância do esporte para a sociedade

Matheus Serafim
imagem cameraApós se aposentar como lutador, Matheus vem investindo de outras formas nas lutas (Foto: Arquivo pessoal)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 14/06/2018
15:55

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Por Diogo Santarém

Ex-lutador de MMA, Matheus Serafim segue em evidência no mundo das lutas, mas agora por conta de outro papel. Além de brigar pelo “renascimento” do esporte no Brasil, com foco nos eventos nacionais, o paulista também é um dos responsáveis pelo “maior projeto social de Jiu-Jitsu do país”, segundo ele. Trata-se do “Lutar para vencer”, que funciona em parceria com o projeto “Pedra 90”, liderado por Fernando Lopes, o Mestre Fepa.

“Um dos meus focos hoje é o projeto social ‘Lutar pra vencer’, que funciona em parceria com o projeto ‘Pedra 90’, do meu parceiro Fepa. A gente deu início na Cracolândia, um projeto onde tivemos uma rotatividade de 400-500 usuários que passaram e conheceram o Jiu-Jitsu. Muitos acreditavam que não sairia nenhum da Cracolândia e hoje nós temos dez ex-usuários que tiramos de lá com a força da arte suave. Hoje estamos em um novo núcleo que atende 500 pessoas entre adolescentes, crianças, gente de todas as classes que buscam um novo caminho através do esporte. Acredito que hoje é o maior projeto social de Jiu-Jitsu no Brasil”, disse Matheus.

Em entrevista, o faixa-preta de Jiu-Jitsu também falou sobre seu primeiro contato com as lutas, o cenário dos eventos nacionais e os seus principais objetivos no meio, ressaltando a importância que o esporte tem para salvar a juventude brasileira do mau caminho.

Confira a entrevista com Matheus Serafim na íntegra:

– Primeiro contato com o mundo das artes marciais

Comecei com 5 anos no Caratê, depois com 10 anos passei para o Jiu-Jitsu, meu irmão, Rodrigo Serafim, foi meu primeiro professor em Casa Branca, no interior de São Paulo. Aí eu comecei a competir, me dar muito bem, ser campeão paulista, brasileiro, mundial, me mudei para a capital e as coisas foram acontecendo. Conheci o Jorge Patino Macaco, que foi meu primeiro empresário de MMA, na época Vale Tudo, e em 2006 comecei a lutar.

– Relação com o MMA hoje e distância dos cages

Eu continuo acompanhando, indo nos eventos, sou um grande fã, e tento ajudar atletas, impulsionar nos eventos nacionais, apesar da fase ruim. Falta incentivo, apoio, e essa é uma briga minha pelo esporte: fazer os eventos nacionais voltarem. É importante que os políticos ajudem também nessa tarefa. A falta de reconhecimento no Brasil, muito pela fase ruim dos eventos, foi me desanimando. Nesse tempo botei a cabeça no lugar, vi que realmente precisamos de alguém para brigar pelo esporte, levantar essa bandeira do MMA, do Jiu-Jitsu, e melhorar o esporte dentro do Brasil.

– Objetivo e importância do esporte para os jovens

Meu grande objetivo hoje é mostrar que o esporte salva vidas, a importância que o esporte, o MMA, Jiu-Jitsu, tem no Brasil junto da educação, da saúde… O esporte anda lado a lado com tudo isso. O esporte traz essa disciplina, esse respeito. Hoje temos como referência os Emirados Árabes Unidos, onde o Jiu-Jitsu é obrigatório nas escolas, e eu brigo para que isso aconteça aqui também. A minha intenção hoje, no esporte, é botar o Jiu-Jitsu em todas as escolas estaduais e municipais, porque eu acredito que o Jiu-Jitsu, o esporte, realmente salva o jovem de todo mau caminho: tráfico, violência, más influências, etc.

– Projetos sociais ‘Lutar para vencer’ e ‘Pedra 90’

O projeto social ‘Lutar pra vencer’ funciona em parceria com o projeto ‘Pedra 90’, do meu parceiro Fepa. A gente deu início na Cracolândia, onde tivemos uma rotatividade de 400-500 usuários que passaram e conheceram o Jiu-Jitsu. Muitos acreditavam que não sairia nenhum da Cracolândia e hoje nós temos dez ex-usuários que tiramos de lá com a força da arte suave. Hoje estamos em um novo núcleo que atende 500 pessoas entre adolescentes, crianças, gente de todas as classes que buscam um novo caminho através do esporte. Temos diversas parcerias com faculdades, cursos de inglês, mandamos atletas pra fora, então acredito que hoje é o maior projeto social de Jiu-Jitsu no Brasil.

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