Foi no critério de desempate, mas George Russell conseguiu colocar a Mercedes na pole-position do GP do Canadá. O britânico virou 1min12s000, e por ter registrado o tempo antes, ganhou o direito de largar na posição de honra, à frente de Max Verstappen, que fez a mesmíssima marca.
Apesar da tensão que ocupou a atmosfera por conta da ameaça da chuva — que até surgiu, mas não forte o bastante para exigir intermediários —, a classificação trouxe algumas velhas histórias, a começar por Sergio Pérez, novamente caindo no Q1 e aumentando ainda mais a perplexidade pelo contrato renovado. Teve também o aguerrido Alexander Albon, que colocou novamente a Williams entre os dez mais rápidos, enquanto Logan Sargeant ao menos avançou para o Q2.
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Mas teve uma Ferrari completamente perdida após ser a grande aposta do final de semana. Para completar, os problemas de Verstappen deixaram claro que se tratava de uma oportunidade que não poderia ser perdida.
Pois Charles Leclerc e Carlos Sainz não foram além das 11ª e 12ª posições, respectivamente. Quem brilhou surpreendentemente, mas de forma positiva, foi a Mercedes, que mostrou força no TL3 e confirmou o bom ritmo na classificação. Na primeira tentativa do Q1, dobradinha, com Russell e Lewis Hamilton fechando a primeira fila. O #63 tinha 1min12s000 cravado para ser batido.
Segunda volta, e Lando Norris e Oscar Piastri colocaram os McLaren entre os carros alemães. Só que Verstappen não se deu por vencido e simplesmente foi ao limite, incrivelmente igualando a volta de Russell, algo raro de se ver. Mas seria preciso ao menos 0s001 para tirar o britânico do topo.
Norris ficou em terceiro, com Piastri na quarta posição. Daniel Ricciardo, Fernando Alonso, Hamilton, Yuki Tsunoda, Lance Stroll e Albon fecharam o top-10.
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Confira como foi a classificação da F1 em Montreal:
Se o TL3 foi em pista seca e permitiu vários experimentos em pista, a chuva caiu sobre o circuito Gilles Villeneuve no intervalo das atividades e deixou todos apreensivos com a possibilidade de asfalto molhado no momento da classificação. Nos primeiros minutos, porém, foi possível colocar os slicks, só que passou a ser uma corrida contra o tempo, já que a chance de mais água era iminente.
Com 20°C de temperatura ambiente, asfalto em 33°C e 69% de umidade relativa do ar, a transmissão já buscava imagens das pesadas nuvens, mas o curioso era que algumas partes do circuito traziam um azul bonito no céu, porém nada animador o bastante para crer que não haveria chuva.
Q3: Russell e Verstappen fazem mesmo tempo de volta
Eram 12 minutos na regressiva para o pole-position ser conhecido, e a Mercedes deu um passo importante ao colocar os carros de Russell e Hamilton na liderança da segunda parte da sessão. Ainda com a ameaça de chuva pairando no ar, Piastri foi o primeiro a abrir volta rápida, porém Verstappen já aparecia com o melhor setor 1 do traçado no comparativo. O australiano levou no segundo trecho, porém Max enfim acertou a parte final e fechou em 1min12s358.
Alonso e Stroll ficaram logo atrás, em terceiro e quarto, enquanto Norris colocou a Williams em quinto, à frente de Norris. Os Mercedes, então, jogaram ainda mais pimenta na disputa e pegaram a primeira fila virtual, com Russell e Hamilton.
Verstappen foi para o tudo ou nada. Enquanto os carros da McLaren se colocavam entre os do time de Brackley — e depois Ricciardo e Alonso —, Max buscou em cada setor a volta de Russell, sendo mais rápido no primeiro, porém perdendo no segundo. O último seria o decisivo, e Verstappen fez algo ainda mais surpreendente: o mesmo tempo de Russell, mas era preciso ao menos mais 0s001 para desbancar o #63. A Fórmula 1, portanto, via novamente um empate em classificação nas primeiras colocações desde o GP da Europa de 1997, quando Jacques Villeneuve, Michael Schumacher e Heinz-Harald Frentzen registram exatos 1min21s072.