África do Sul é tri da Copa do Mundo de rúgbi e se iguala à Nova Zelândia

Africanos dominam ingleses, triunfam por 32 a 12 e voltam ao topo do pódio após 12 anos. Primeiro capitão negro da história da seleção, Siya Kolisi ergueu a taça e emocionou o país

imagem cameraÁfrica do Sul voltou ao topo do pódio após 12 anos. Siya Kolisi foi quem ergueu a taça (Foto: ODD ANDERSEN / AFP)
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Lance!
Yokohama (JAP)
Dia 02/11/2019
17:20
Atualizado em 03/11/2019
15:48
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A África do Sul fechou com chave de ouro uma das edições mais fortes da Copa do Mundo de rúgbi. Neste sábado, em Yokohama (JAP), a equipe africana conquistou o tricampeonato ao bater a Inglaterra por 32 a 12. Com isso, os Springboks repetiram o feito dos anos de 1995 e 2007, e se igualaram à Nova Zelândia como a maior campeã da competição. 

O dia histórico teve ainda outro fato marcante. O asa Siya Kolisi, de 28 anos, tornou-se o primeiro capitão negro da África do Sul a erguer a taça de campeão. Embora o rúgbi seja um esporte de grande popularidade no país, até o fim do apartheid (1948 a 1994) apenas jogadores brancos podiam integrar a seleção do país.

Aos poucos, o cenário começa a mudar. Quando os Springboks venceram a Inglaterra em 2007, em casa, e sagraram-se bicampeões do mundo, a equipe tinha somente um jogador negro, o ponta Chester Williams, que morreu no mês passado. Já nesta edição, seis negros representam o país, incluindo Kolisi.

Vencedores da Copa em 2003, os ingleses, que vinham de uma grande festa após eliminarem os favoritos neozelandeses na semi, ficaram longe de repetir a bela exibição no duelo que valia a taça. Esta foi a quarta vez que o país chegou à final de uma Copa do Mundo, Em três delas, terminou como vice-campeão.

Os sul-africanos armaram uma estratégia certeira e deram uma aula tática diante das 70.103 pessoas que lotaram o Estádio Internacional de Yokohama. Após um início equilibrado, abriram vantagem no fim do primeiro tempo e foram para o intervalo vencendo por 12 a 6. No segundo tempo, Makazole Mapimpi e Cheslin Kolbe anotaram os únicos try’s para levar o time à vitória.

A vantagem de 20 pontos foi a maior em uma decisão do torneio desde a edição de 1999, quando a Austrália bateu a França por 35 a 12, com 23 de diferença.

– Superamos muito desafios, mas as pessoas na África do Sul estavam conosco e estamos muito agradecidos por isso. Temos tantos problemas no nosso país. Esta equipe tem diferentes passados e raças, mas chegamos aqui com apenas um objetivo e espero que tenhamos demonstrado à África do Sul que, quando estamos juntos, conseguimos tudo – disse Kolisi, ao final da partida.

A próxima edição da Copa do Mundo acontecerá em 2023, na França.

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