Almir Jr., do salto triplo, lamenta medalha perdida no Mundial: ‘destruído’
Almir Jr. fez um desabafo após ficar de fora do pódio do Mundial Indoor da China

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O atleta da Seleção Brasileira de Atletismo Almir Jr. se pronunciou pela primeira vez desde o episódio da retirada da medalha de bronze no Mundial na prova do salto triplo.
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Em carta aberta divulgada nas redes sociais nesta terça-feira (25), o atleta da Sogipa (RS) afirmou que está tentando ser forte, mas que por dentro está destruído.
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Relembre o caso:
O atleta Almir Cunha dos Santos, também conhecido como Almir Júnior, foi desclassificado da final do salto triplo e perdeu o bronze do Mundial Indoor, em Nanquim, na China.
Além da ausência no pódio, ele deixou de ter o índice para o Mundial de Tóquio, no Japão, em setembro.
Na madrugada da última sexta-feira (21) o brasileiro foi desclassificado da prova por causa de um protesto feito pelos competidores que terminaram em quarto e quinto na prova.
Ambos alegaram o uso de uma sapatilha não aprovada pela Fedração Internacional de Atletismo, com um solado acima de 20mm. Almir estava com um calçado com uma medida acima da permitida.
O atleta de 31 anos tinha assegurado a medalha de bronze com 17,22 m no salto triplo. O terceiro lugar ficou com Hughes Zango, de Burkina Faso, com a marca de 17,15m. O italiano de origem cubana Andy Díaz Hernández foi o campeão da prova com 17,80m e o chinês Zhu terminou em segundo com 17,33m.
A Confederação Brasileira de Atletismo emitiu uma nota afirmando que as sapatilhas fazem parte de indumentária de uso livre dos atletas e portanto, estão autorizados a utilizar material de patrocinador próprio.
A CBAt ainda informou que Almir Jr. alegou que não tinha a informação de seu patrocinador de que a sapatilha usada na final não era permitida. Segundo ele, o material também tinha sido checado pela organização do Mundial na câmara de chamada, ou seja, antes da entrada na pista para final.
➡️ Por cinco milímetros, atleta brasileiro perde o bronze no salto triplo em Mundial Indoor

Confira a carta na íntegra:
Estou tentando ser forte… Mas a verdade é que estou destruído por dentro.
Essa carta é pra quem me acompanha. Pra quem acredita no esporte. Pra quem entende que por trás de uma medalha, existe uma história.
Voltar ao topo do mundo depois de tudo o que passei foi mais que uma vitória. Foi um renascimento. Mas quando esse momento me é arrancado, sem que eu pudesse me defender… sobra um silêncio doloroso.
Não falo aqui de regras, de decisões ou de culpados. Falo de tudo o que essa medalha representava. Falo do peso de um legado, de uma carreira construída com luta, suor e fé.
Escrevi essa Carta Aberta porque precisava dividir com vocês o que tô sentindo.
Porque tem coisas que não dá pra guardar.
E porque tem momentos que mudam tudo — pra sempre.
Obrigado a todos que seguem do meu lado.
Ainda não acabou.
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