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Aos 50 anos, fisiculturista pioneiro se destaca e sonha com mais conquistas

Fernando Sardinha é um dos pioneiros do esporte no Brasil<br>

Sardinha é referência no país
imagem cameraSardinha é referência do tema no país (Divulgação)
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Lance!
Rio de Janeiro
Dia 22/07/2020
09:49
Atualizado em 22/07/2020
10:15

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Se no reino animal, a sardinha é considerada um peixe pequeno e frágil, no fisiculturismo está associada à força, determinação e longevidade. Uma das referências do esporte, Fernando Luiz superou o biótipo franzino que lhe rendeu o apelido de Sardinha na adolescência, e se tornou um dos principais nomes da história do bodybuilding nacional. 

Hoje, aos 50 anos, e quase 140kg de músculos, o fisiculturista mantém o físico avantajado que lhe rendeu diversos prêmios mundo afora e ainda sonha com novas conquistas. Para isso, contará com o apoio da Integralmédica, maior empresa de suplementos nutricionais da América Latina, que acaba de contratá-lo para representar a equipe de atletas da marca.  

Você é um dos pioneiros do fisiculturismo no Brasil, como você vê a evolução do esporte no país desde que você começou?
Nos últimos 35 anos eu participei ativamente dessa história, acredito que uma das principais evoluções foi a difusão do esporte em camadas da sociedade que não conheciam. E isso só foi possível com a criação e a entrada das novas categorias. Essa mudança trouxe os ratos e ratas de academias, fissurados pelo esporte, mas que não se consideravam grandes o suficiente para competir em alto nível. Eles trouxeram uma maior visibilidade para o esporte, souberam usar bem as ferramentas de redes sociais, e mostraram ao público toda a beleza do nosso esporte. Não adianta querer ser "old school" (das antigas) e parar no tempo. Por isso, sou um entusiasta das novas categorias, trouxeram grana, patrocinadores, público e fizeram com que a popularidade do esporte aumentasse Obviamente, isso favoreceu a todos.  

Hoje, aos 50 anos, qual é a sua motivação no esporte?
As minhas perspectivas para o esporte são muito boas, as melhores possíveis. Já as expectativas de campeonato para mim são bem diferentes, estou sempre insistindo em um projeto que era para ter falido por conta da idade, mas mesmo assim eu me mantenho insistente. Vou seguir batalhando e fazendo meu trabalho. Eu tenho muita esperança de que ainda vou conseguir a melhor forma da minha vida e depois vou tentando mantê-la como já aconteceu. Mas agora não sei, com essas lesões, as dores, essa situação de ir para os Estados Unidos e ter que voltar, tudo isso dificulta. Mas vou manter essa esperança. Aliás, eu tenho que manter, eu preciso. Eu só faço isso da minha vida. Isso é o que melhor sei fazer. Sou músico, profissional de educação física, empresário, mas acima de tudo eu sou um bodybuilder.  

Qual é o segredo para se manter em alto nível em um esporte onde o físico se sobrepõe quase que integralmente à técnica?
Não é fácil. Eu prefiro pensar que não tenho tempo, preciso fazer agora. Com 50 anos eu tenho muito mais dificuldades do que eu tinha com 25, 30, 35. Aos 40 então eu posso dizer que eu estava voando. Agora, com 50 a dieta fica menos eficiente, as mudanças de treino menos perceptíveis, um descanso maior não te descansa. Demora mais tempo para sentir as reações no organismo. O que eu preciso fazer é descer o pau e insistir, insistir e insistir. Não tem outro jeito.

Como você mesmo disse, está há 35 anos no esporte. Hoje, existe uma maior aceitação da sociedade com o esporte?
Sem dúvidas. O preconceito sempre foi gigantesco. Há 35 anos, era ridículo. Eu desbravei programas de TV, jornais, rádio e eu sempre tinha que ter muitos argumentos e evidências científicas de que a musculação ajudaria na vida útil do ser humano para poder debater com todo mundo. Eu tinha que ser quase um PhD para convencer as pessoas de que o que eu falava era certo e que elas estavam erradas sobre a imagem que tinham do esporte. Sempre houve muita resistência. Hoje em dia, a coisa está muito mais fácil, tudo mastigado. É um momento eufórico do nosso esporte, fico feliz em ter contribuído para isso.

O futuro parece ser otimista. Quais projeções você faria?
Eu acredito em um ampliamento ainda maior do espaço para bodybuilding no Brasil. Isso se prova a cada dia, com a quantidade de pessoas assistindo nossas lives, o engajamento nas redes sociais, o dinheiro investido que só aumenta, mais patrocinadores acreditando nos atletas. O Brasil já é um dos países mais reverenciados no mundo do fisiculturismo, nossos atletas tem respeito internacional e, cada vez mais, nossas marcas que atuam no esporte hoje também ganham o merecido reconhecimento. Um exemplo disso são os nossos suplementos. Alguns dos produtos produzidos aqui, atualmente, não deixam nada a desejar para os importados. Inclusive, muitas vezes são mais confiáveis. A Integralmédica, por exemplo, é referência no mundo todo e é uma empresa que veste a camisa do fisiculturismo.

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