Após negarem a convocação à Seleção Brasileira feminina de basquete, as atletas que defendem o Corinthians/Americana, o América e o Santo André na Liga de Basquete Feminino (LBF) foram chamadas para depor no STJD da modalidade, nesta quinta-feira, mas não compareceram à sessão.
Gilmara e Joice (Corinthians/Americana), Adrianinha, Tati Pacheco e Tainá Paixão (América de Recife), e Jaqueline e Tássia (Santo André), além do diretor do Americana, Ricardo Molina, alegaram motivos particulares para não irem ao Rio de Janeiro participar da auditoria.
- Na verdade, as pessoas convocadas viriam prestar esclarecimentos sobre os fatos que estão em discussão. Ninguém está sendo a princípio acusado de nada. Era apenas para colaborar com a justiça para apurarmos se realmente houve uma infração nesses casos todos - disse o auditor do STJD do basquete, Paulo Valed Perry.
As atletas do Corinthians e América alegaram que suas equipes jogam hoje pela Liga, enquanto as jogadoras do Santo André disseram não ter condições de arcar com os custos da viagem ao Rio. O dirigente paulista, por sua vez, entregou um atestado médico indicando estresse e síndrome do pânico.
- Aceitei as justificativas apresentadas e, no momento, não há risco de ninguém ser denunciado, porque ninguém compareceu a essa oitiva (depoimento) - completou Perry.
Sete das 12 jogadoras convocadas para defender a Seleção no evento-teste para a Olimpíada do Rio de Janeiro, na última semana, pediram dispensa, em meio à crise entre CBB e os clubes da LBF. A única que "furou o bloqueio", Clarissa, foi demitida pelo Corinthians.
O auditor, inclusive, afirmou que o STJD é um órgão independente da CBB, e não confirmou se uma nova audiência será marcada. Agora, ele irá analisar as reportagens publicadas sobre o assunto para tentar chegar a uma decisão.