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Basquete: Clássico dos Milhões com arquibancadas zeradas

Pela primeira vez, o NBB terá o confronto entre o recém-chegado Vasco e o pentacampeão Flamengo

Olivinha
imagem cameraOlivinha defende o Flamengo desde a temporada 2012/2013 (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 27/01/2017
15:47
Atualizado em 28/01/2017
08:00

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O Clássico dos Milhões já rendeu diversas histórias para Vascaínos e Flamenguistas e, neste sábado, mais um capítulo será escrito. O clássico carioca invade, pela primeira vez, as quadras do NBB, prometendo muita emoção e garra. Porém, a partida histórica só poderá ser vista pelas telas da televisão. Como a Polícia Militar do Rio de Janeiro anunciou que não enviará seus homens à partida, a Liga Nacional de Basquete optou por fechar os portões da Arena da Barra.

O camisa 16 do Flamengo, Olivinha, velho conhecido dos vascaínos, comentou sobre a mudança e relembrou o segundo jogo da final do Campeonato Carioca que, por falta de laudo autorizando a presença de torcida, ocorreu com portões fechados.

- Eu gostaria que tivesse torcida, seria um espetáculo melhor, mais bonito e interessante para todo mundo. Infelizmente, não terá torcida e não será novidade para nós, já que no carioca já jogamos desse jeito.

Antes do anúncio da PM, o cruz-maltino, mandante do confronto válido pela décima rodada do NBB, pretendia levar as duas torcidas para o clássico, com metade das arquibancadas destinadas à cada uma. O líder em rebotes até o momento, com média de 11,13 por jogo, acredita que a grandeza do jogo combine com arena cheia.

- Eu estou acostumado a ir ao Maracanã e, quando é clássico, as duas torcidas comparecem. Eu torço muito para que no basquete seja dessa mesma maneira. Já joguei alguns clássicos no basquete com as duas torcidas e é uma atmosfera muito legal, muito saudável. As 2 torcidas apoiando os seus respectivos times e é uma coisa muito bonita de se ver. Um clássico como flamengo x Vasco merece um jogo com as 2 torcidas e em um ginásio grande para que o basquete carioca e nacional continue evoluindo cada vez mais.

A relação de Olivinha com os gramados não se resume à gigante nação rubro-negra. O Deus da raça nas quadras foi comparado ao ídolo Rondinelli por sua entrega e determinação a cada minuto jogado.

- Isso para mim é um orgulho muito grande. A torcida do Flamengo é gigante e muito exigente também. Sempre que eu entro em quadra eu dou o meu máximo e sempre foi assim. Uma das minhas características é a disposição e a vibração que eu coloco em todos os jogos e a torcida gosta de jogadores que atuem dessa forma. Ser comparado ao Rondinelli o Deus da raça dos campos é uma honra.

Agora o apelido, Carlos Alexandre Rodrigues do Nascimento herdou de seu irmão, Olívia, ex-jogador do clube da Gávea e da Seleção Brasileira. Juntamente com o nome, veio a pressão, mas com o ouro no Pan de Toronto-2015 e quatro títulos do NBB com o Mengão mostraram e o talento no basquete é algo de família.

- Bom, no início da carreira tinha uma pressão sim, até pelo jogador que o meu irmão foi com passagens pela seleção brasileira e chegou a disputar mundial e olimpíada com a seleção, então tinha uma pressão sim e vou te falar que no início eu não gostava muito de ser chamado de Olivinha, mas com o tempo eu fui acostumando a ser chamado assim e hoje em dia fica até uma homenagem ao meu irmão, porque todo mundo que me vê já lembra dele e assim ele é lembrado até hoje.

Aos 33 anos, e na sua terceira passagem pelo Flamengo, Olivinha vê o irmão com ídolo e a Seleção como a maior honra de um atleta.

- Eu cresci vendo o meu irmão jogar, então claro que ele foi um espelho para mim e tem alguns jogadores da NBA também que eu gostava de ver jogar também como o Dennis Rodman, Larry Bird, Magic Johnson e Michael Jordan. Nos últimos quatro anos, eu fui convocado para representar o meu país e, se eu for convocado esse ano novamente, sem duvida que irei me apresentar. A maior honra que um atleta pode ter é servir o seu país e eu fico muito feliz por estar conseguindo fazer isso.

Flamengo e Vasco perderam na última rodada da nona edição do NBB e vêm o clássico de recuperar os pontos perdidos. Enquanto o cruz-maltino, que subiu da Liga Ouro briga pela quarta colocação, o Mengão duela com o Brasília pela ponta da tabela.

BATE-BOLA

L!: Grande parte da sua carreira foi no Brasil. Gostaria de jogar na NBA?

R: Jogar na NBA para mim é muito difícil, na posição que eu jogo tem muitos jogadores mais atléticos que eu, mas é tudo questão de oportunidade se pintar uma, porque não? Seria um sonho jogar na NBA.

L!: Como você vê a atual situação do basquete brasileiro?

R: Eu vejo o NBB com muito bons olhos, um crescimento muito grande desde a criação da Liga e o campeonato está cada vez maior, com muitos cubes interessados em montar mais equipes e patrocinadores querendo investir. Então, acho que a LNB está no caminho certo. A respeito da CBB, infelizmente a situação está complicada. Os clubes foram prejudicados com a não participação na Liga das Américas, que é o torneio mais importante da temporada, devido à suspensão da entidade. Nós jogadores torcemos para que essa suspensão acabe logo e que tudo possa volte a ser como era antes.

L!: Pela boa temporada que tanto você quanto o Flamengo vêm fazendo neste NBB, acredita que estará no Jogo das Estrelas?

R: Já participei seis vezes em oito edições do Jogo das Estrelas. Nas últimas duas temporadas eu não fui lembrado, vamos ver se nessa eu serei. É um final de semana onde se respira o basquete, tem muitas atrações para o público: torneio de 3 pontos, habilidades e enterradas e o jogo. Quem não é acostumado com o basquete e vai ao evento com certeza vai começar a acompanhar mais a modalidade.

QUEM É?

Nome: Carlos Alexandre Rodrigues do Nascimento
Apelido: Olivinha
Nascimento: 18/04/1083 - Rio de Janeiro (RJ)
Posição: Ala/pivô
Clube: Flamengo

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