Bolsonaro promete rever contratos de estatais ligadas ao esporte
Presidente eleito quer revisar verba de patrocínios e publicidade de estatais como CAIXA e BNDES; medida pode afetar clubes de futebol e confederações de esportes olímpicos
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O presidente eleito Jair Bolsonaro usou uma de suas redes sociais nesta quinta-feira para prometer rever os contratos de publicidade e patrocínio de empresas estatais. Entre elas estão organizações conhecidas pelo apoio ao esporte, como a CAIXA e o BNDES.
"Tomamos conhecimento de que a Caixa gastou cerca de R$ 2,5 bilhões em publicidade e patrocínio neste último ano. Um absurdo! Assim como já estamos fazendo em diversos setores, iremos rever todos esses contratos, bem como os do BNDES, Banco do Brasil, Secom e outros", disse o político do PSL.
Apenas parte da verba de patrocínios da CAIXA é destinada ao esporte, mas essa é uma das empresas mais conhecidas no setor. No futebol, a estatal patrocina 24 clubes. Além disso, é parceira direta de confederações olímpicas - casos do atletismo (CBAt), da ginástica (CBG) e o do Comitê Paralímpico Brasileiro, de acordo com o site oficial da instituição.
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É no campo paralímpico que a empresa exerce maior influência, com 13 modalidades patrocinadas. São elas o atletismo, bocha, esgrima em cadeira de rodas, halterofilismo, natação, tênis de mesa, tiro esportivo e vela. Nos esportes coletivos, a CAIXA se faz presente no futebol de 5, futebol de 7, golbol, rúgbi em cadeira de rodas, voleibol sentado, tênis de mesa, tiro esportivo e vela.
O BNDES, por sua vez, teve seu foco voltado à canoagem. Nos Jogos Rio-2016, foram três medalhas olímpicas com Isaquias Queiroz e Erlon de Souza. Além disso, houve resultados inéditos, como o sexto lugar de Pepê no slalom. Também aconteceu a primeira participação feminina em provas de velocidade, com Ana Paula Vergutz.
No final de novembro, o Tribunal de Contas da União (TCU) decretou que é "irregular a prorrogação de contratos de patrocínio" com empresas estatais, tendo em vista que não são contratos de serviços contínuos. A medida deve afetar os clubes - todos os vínculos vigentes com a Caixa terminam, no máximo, em abril de 2019 - além das confederações.
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