Após conquistar quatro medalhas nas disputas individuais do Campeonato Mundial de judô, em Budapeste (HUN), o Brasil garantiu ontem o quinto pódio com a prata na competição por equipes mista, que estará nos Jogos de Tóquio-2020. O time verde e amarelo fez boa campanha, mas acabou massacrado pelo Japão na final. Mas teve o melhor desempenho no evento fora de casa, com um ouro, duas pratas e dois bronzes.
Nas preliminares, os seis judocas escalados para os duelos iniciais venceram 14 das 18 lutas disputadas. A equipe superou Polônia e Canadá por 5 a 1 para avançar à semifinal. Na sequência, o Brasil bateu a Rússia por 4 a 2 e classificou-se para a primeira decisão do Mundial por equipes da história.
Na abertura da final, a atual campeã olímpica Rafaela Silva (57kg) perdeu para a japonesa Tsukasa Yoshida, vice-campeã mundial, por imobolização. Em seguida, Marcelo Contini (73kg) encarou o campeão mundial Soichi Hashimoto, que pontuou com um waza-ari e ampliou. Maria Portela (70kg) não resistiu aos golpes de Chizuru Arai, que venceu por vantagem mínima de punição no golden score.
Pressionado, Victor Penalber (90kg) caiu diante de Kenta Nagasawa, que assegurou o título ao Japão. Em seguida, Maria Suelen Altheman (+70kg) foi imobilizada pela vice-campeã mundial Sarah Asahina. No último combate, Rafael Silva (+90kg) sofreu o waza-ari no golden score com Takeshi Ojitani. Com isso, o placar terminou 6 a 0.
Nesta semana, Mayra Aguiar (78kg) havia levado o ouro, David Moura e Baby (+100kg) ficaram com prata e bronze, respectivamente, e Érika Miranda (52kg) foi bronze.
O desempenho do país superou as duas últimas edições. Em Astana-2015, foram apenas dois bronzes. Em Chelyabinsk-2014, a delegação conseguiu ir ao pódio quatro vezes (um ouro, uma prata e dois bronzes).
Na disputa por equipes, o Brasil soma agora nove medalhas na história do Mundial. Até este ano, o formato tinha a separação dos gêneros.
– Acabamos de abrir as portas e emplacar uma medalha. Temos um sonho de uma medalha olímpica não só no individual, mas por equipes. Acho que essa prata nos fará crescer bastante e seguir até 2020 – afirmou Rafaela Silva, ao Globoesporte.com.